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Mais insolvências e menos novas empresas em julho
DINHEIRO VIVO


Houve mais insolvências e menos novas empresas a nascerem em julho. No último mês, o número de falências aumentou para 455 (+32,5%); no mesmo período, nasceram 2931 companhias, menos 25,9% em comparação com o período homólogo de 2019, revelam os dados da plataforma Iberinform publicados esta quinta-feira. A subida do número de insolvências é menos expressiva se observarmos os primeiros sete meses deste ano. Nesse caso, o aumento é de 8,4%, para 3145 encerramentos. Ainda assim, segundo aquela entidade, os valores são “inferiores aos acumulados de 2018 e 2017”.
Os distritos de Lisboa e do Porto representam cerca de 46% das insolvências a nível nacional e apresentam agravamentos de 9,2% e de 8,2%, respetivamente. O cenário agrava-se, por exemplo, em Angra do Heroísmo, nos Açores, onde duplicaram as insolvências. Castelo Branco (+53,1%), Beja (+46,7%), Faro (+39,3%), Viana do Castelo (+34,1%) são os distritos mais penalizados pelas insolvências. Guarda (-35,7%), Coimbra (-24,3%), Vila Real (-11,1%) são os distritos onde o número de falências diminuiu. O impacto económico da pandemia recaiu sobretudo em empresas de telecomunicações (+66,7%), hotelaria e restauração (+25,7%), eletricidade, gás, agua (+16,7%), comércio grossista (+14,7%) e comércio de veículos (+13,1%). Ao contrário das falências, é mais notória a diminuição da criação de novas empresas, que apresenta uma diminuição de 32,7% entre janeiro e julho, de 31 504 para 21 187 constituições. Lisboa é o distrito onde mais diminuiu (-35,3%) a criação de novas empresas. Nenhum distrito em Portugal teve mais novas empresas criadas nos primeiros sete meses deste ano em comparação com o período homólogo de 2019.