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Elétricos: Carregamentos grátis acabam esta quarta-feira
Auto Monitor


O carregamento de veículos eléctricos em postos de carregamento normal (PCN) de acesso público começa a ser pago em julho, anunciou, em comunicado, a gestora da mobilidade elétrica Mobi.E: “No dia 1 de julho de 2020 termina o período transitório da rede Mobi.E, iniciando-se o pagamento dos carregamentos nos postos de carregamento normal de acesso público”.

Os postos de carregamento rápido, bem como os carregadores localizados em espaços privados já tinham iniciado a cobrança deste serviço, respetivamente, dia 1 de novembro de 2018 e dia 1 de abril de 2019.

Para utilizarem todos os postos da rede Mobi.E, os utilizadores vão ter que recorrer a um cartão de acesso à rede de mobilidade elétrica, emitido por um dos Comercializadores de Electricidade para Mobilidade Elétrica (CEME), deixando assim de ser válidos os cartões que foram emitidos pela empresa.

“Com a conclusão do processo de concessão de toda a rede de postos de carregamento público, a fase plena de mercado a que agora se dá início configura-se como o derradeiro passo para a concretização do modelo português da mobilidade elétrica”, referiu a entidade gestora.

Quanto vai custar?

Os pontos de carga são geridos por Operadores de Carregamento (OPC) e, como refereEduardo Pinheiro, Secretário de Estado da Mobilidade, será o mercado a determinar os preços.Só que o mercado da mobilidade elétrica ainda não permite fazer a antecipação de custos de carregamento.

Em declarações ao Dinheiro Vivo, Henrique Sánchez, líder da UVE, afirma que“há operadores que ainda não indicaram os custos de utilização dos carregadores”. Ou seja, no limite, “enquanto não houver preços para os OPC, apenas será pago o preço do comercializador, mais os impostos”.

No portal da Mobi.E estão registados 30 operadores de postos de carregamento.

Apesar disso, com 5 euros, por exemplo, “é sempre possível fazer muito mais quilómetros com um carro elétrico do que com um carro a gasolina ou a gasóleo”, refere Henrique Sánchez.

Atualmente, existem 40 mil veículos elétricos e híbridos plug-in a circular em Portugal e que podem utilizar as 3.000 tomadas de carregamento disponíveis na via pública, em postos de carregamento públicos e privados de acesso livre. Também existem redes privadas de carregamento, como os superchargers da Tesla, reservados para os donos de veículos desta marca norte-americana.

Investimento

No orçamento suplementar, o Governo vai apostar na infraestrutura, no valor de três milhões de euros.

“Vão ser instalados 12 postos de carregamento ultrarrápido, num investimento de 1 milhão de euros, em vias de comunicação mais utilizadas. Também há 2 milhões de euros para a criação de 10 hubs de carregamento nas principais cidades”, afirmou Eduardo Pinheiro.

Até ao final de 2021, a Mobi.E vai ganhar uma nova plataforma de apoio ao utilizador e será lançado o portal da mobilidade elétrica.

Recorde-se que os automóveis elétricos também dão menos despesas de utilização: estão isentos do imposto de circulação e não pagam estacionamento em cidades como Lisboa.

Para as empresas, há mais duas vantagens: isenção de tributação autónoma em sede de IRC e dedução do IVA nas despesas com a eletricidade gasta para os carregamentos.