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Costa não confirma baixa no IVA mas afasta cenário de austeridade
JORNAL DE NEGÓCIOS


O plano é, na próxima semana, ter contacto com partidos e parceiros sociais, ao mesmo tempo que se espera uma clarificação do quadro europeu e um apuramento mais detalhado da dimensão dos estragos, para avaliar a capacidade de resposta, explicou o chefe do Governo.


Para Costa, "temos de ter sucesso em não estragar aquilo que já conseguimos (em termos de contenção da pandemia) mas também sucesso em recuperar a economia e emprego".

O primeiro-ministro falou antes de entrar para o restaurante no qual decidiu almoçar com o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, com o objetivo de sinalizar a confiança neste setor, um dos mais afetados pelo confinamento que a pandemia ditou. Ferro Rodrigues disse contar com um futuro sorridente: "Eu que não sou propriamente um otimista, estou otimista, os números têm evoluído bem depois da primeira fase e espero que continuem a evoluir de forma positiva".

Já no que toca ao tema das presidenciais, o líder da Assembleia aproveitou para reforçar o apoio a uma recandidatura do atual presidente da República. "Não mudo uma vírgula em relação ao que disse há um ano e meio: se as eleições fossem amanhã, não hesitaria em votar no professor Marcelo Rebelo de Sousa".

O primeiro-ministro, António Costa, não quis antecipar aos jornalistas se a descida do IVA é uma das medidas que podem vir a ser incluídas no orçamento suplementar, mas assegurou que neste novo orçamento não vão constar medidas de austeridade.

"Não vamos fazer especulações sobre o desenho do orçamento", respondeu Costa, quando confrontado com a possibilidade de baixar o IVA. "Há umas semanas a pergunta era quando começava a austeridade. Felizmente já se percebeu que não vamos começar com austeridade, mas temos de avançar com um conjunto de medidas que permitam, pelo contrário, estimular a capacidade dos agentes económicos", concluiu o primeiro-ministro.