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HUMBERTO PEDROSA: “NACIONALIZAR A TAP SERIA DAR UM PASSO ATRÁS”
Ambitur


Humberto Pedrosa, com 72 anos, presidente do Grupo Barraqueiro e sócio detentor de 50% da Atlantic Gateway – em parceria igualitária com David Neeleman –, responsável por 45% do capital social da TAP, não defende a renacionalização da transportadora aérea nacional, em entrevista ao Jornal de Económico.

O responsável refere claramente que a transportadora nacional “precisa de ajuda”. Sendo que, num primeiro momento, o responsável indica que “há um remédio imediato que é a entrada de fundos para fazer face à necessidade de tesouraria, porque as companhias de aviação não têm receitas” e existem “custos com compromissos que têm de honrar e, por isso, precisam que entre dinheiro em caixa”. Um dos cenários que Humberto Pedrosa afasta é a nacionalização da companhia em detrimento da ajuda necessária: “Não acredito que isso possa acontecer. Seria dar um passo atrás. Penso que o contributo dos acionistas privados na TAP tem sido muito positivo, sobretudo na modernização da empresa e na renovação da sua frota de aviões.” Relativamente ao cenário de um futuro aumento de capital, o responsável também não se compromete indicando que: “Há várias hipóteses. Nesta primeira fase, penso que o financiamento seria o desejável para podermos estar tranquilos durante os próximos meses. E se o futuro da TAP passar por um aumento de capital, nós cá estaremos todos para analisar”.

Por outro lado, o responsável, ao longo da entrevista, também salienta que qualquer cenário para a TAP só poderá ser desenhado quando se perceber que esta poderá voltar à sua atividade. “Com certeza que será tudo repensado. A intenção da TAP é voltar a ter uma operação comparável à que tinha, adaptada às novas realidades. Mas, depois, também quererá voltar a crescer”, indica. Acrescenta Humberto Pedrosa que “tudo isso vai depender bastante do tempo que demore a passar a crise. Mas vamos estar prontos, na hora certa, para podermos iniciar as operações”.