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"Campeões" do diesel BMW e Mercedes imunes à mudança
JORNAL DE NEGÓCIOS


A Mercedes e a BMW são as marcas automóveis mais vendidas no mercado nacional que têm maior peso de veículos a diesel. E nenhuma das fabricantes alemãs considera que o negócio esteja a ser afetado pela maior popularidade da gasolina.

Entre as marcas de ligeiros de passageiros mais vendidas em Portugal a Mercedes-Benz e a BMW são as que apresentam um maior peso dos veículos a gasóleo nas suas vendas. E a transição observada no mercado não está a afetar o negócio das duas fabricantes alemãs.


A Mercedes, que é a terceira marca mais vendida nos primeiros 11 meses do ano, conta com um peso de 79,5% de veículos a gasóleo nas vendas de ligeiros de passageiros.

Ainda assim, a gasolina ganhou algum terreno na marca alemã e vale 12,4% das vendas. "Assistimos a uma maior procura por veículos ligeiros passageiros a gasolina, fruto da disponibilização de um novo motor a gasolina com 1,3 litros", indica ao Negócios fonte oficial da marca. "Este é um motor mais eficiente que se adapta muito bem às gamas de entrada", acrescenta.

A marca germânica conta também com modelos híbridos plug-in, que pesam 8% em Portugal.

E a alteração nas preferências dos portugueses não trava as vendas da Mercedes, que regista um crescimento homólogo de 2,4% nos primeiros 11 meses do ano, contrariando a quebra de 2,9% registada no mercado de ligeiros de passageiros.

A BMW é outra das marcas com maior peso - é sexta em Portugal -, e onde o gasóleo é claramente maioritário. Dos 12.655 veículos vendidos até ao final de novembro pela marca bávara, 77,7% tinham motores diesel. Os híbridos plug-in valem 13,4% das vendas, superando a gasolina (5,1%). Os elétricos puros representam 3,8%.

Isto apesar de, refere fonte oficial da fabricante, sentir "um pequeno aumento das motorizações a gasolina e híbridas plug-in em detrimento das motorizações diesel".


A mesma fonte afasta qualquer relação entre a quebra nas vendas em Portugal, que se cifra em 1,3% até novembro, com uma menor apetência pelo diesel.

"A queda da BMW está em linha com o mercado e não sentimos que estejamos a sofrer com esta alteração, até porque disponibilizamos todo o tipo de motorizações nos nossos automóveis (diesel, gasolina, híbridas plug-in e elétricas)", sublinha a construtora automóvel alemã.