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Nova greve a menos de um mês das legislativas. SNMMP entrega pré-aviso esta quarta-feira
EXPRESSO


A paz laboral conseguida no domingo, após uma semana de greve, terá sido de pouca dura. Tudo indica que durou apenas de 48 horas. O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas vai apresentar esta quarta-feira um novo pré-aviso de greve para a primeira semana de setembro.

Daqui a quinze dias os portugueses podem voltar a enfrentar novos constrangimentos no abastecimento dos veículos. A ocorrer, esta paralisação irá dar-se menos de um mês antes das eleições legislativas, num momento em que os vários partidos vão estar a percorrer o país em campanha.

"O presidente do sindicato, Francisco São Bento, vai anunciar hoje em conferência de imprensa marcada para as 13h00 em Aveiras que vai avançar com um pré-aviso de greve ao trabalho suplementar, feriados e fins de semana", anunciou Pardal Henriques.

O advogado indicou que Francisco São Bento vai dar mais pormenores sobre a decisão na conferência de imprensa. A duração da nova greve deverá ser de duas semanas.

Na terça-feira, os motoristas de matérias perigosas, a Antram e o Governo estiveram reunidos, mas não foi possível acordar os mínimos para se dar início a um processo de mediação.

À saída do encontro, Pedro Pardal Henriques acusou a Antram de não querer negociar “por causa de 50 euros”. A entidade patronal, por sua vez, disse que o SNMMP entrou na mesa de negociações já com pré-condições.

“Queremos que sejam valorizados os trabalhadores e que recebam pelo trabalho que fazem e por isso dissemos que não abdicaríamos do pagamento das horas extraordinárias, porque é fruto do trabalho das pessoas, que trabalham 15 ou 16 horas por dia”, disse Pardal Henriques.

O ministro Pedro Nuno Santos, que esteve presente no encontro, fez eco das palavras dos patrões. “No domingo ficámos com a sensação que se poderia dar início ao fim deste processo. Infelizmente uma das partes quis definir resultados antes da mediação se iniciar. Tentámos convencer as partes a deixar cair as pré-condições. Uma das partes não quis”, afirmou.