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Licenciados desempregados com segunda oportunidade no turismo
Dinheiro Vivo


Mais formação para quem trabalha no turismo, mas também para quem quer mudar de profissão e tentar uma segunda oportunidade nesta área, em grande expansão. O Turismo de Portugal e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinaram esta quinta-feira um acordo de cooperação que quer ajudar a dar resposta a uma das queixas mais frequentes dos empresários do turismo: a falta de mão-de-obra qualificada.

Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, explica que este “acordo estratégico, que permite uma visão global e articulada da formação” no setor, tem quatro dimensões. “Uma é a de desenvolver campanhas de valorização das profissões do turismo. A outra é programas de conversão de desempregados com formação específica para que possam reconverter e dedicar-se à área”, podendo assim ajudar a diminuir os números do desemprego entre pessoas com o ensino superior, que atingiu as 72 mil pessoas no terceiro trimestre de 2018. Entre o leque de iniciativas desta parceria estão também “programas de formação de formadores para termos pessoas com capacidade de formar, jovens ou profissionais que já estão no setor, nas novas competências e vão ser também desenvolvidas ações ao nível regional – entre o IEFP e as escolas de turismo – no sentido de formar ativos no turismo”. A expectativa do governo é que este programa de formação intensiva abranja cerca de 15 mil pessoas até ao final do ano, uma parte das quais poderá estrear-se no turismo. Ainda assim, o governo faz questão de salientar que, nos últimos três anos, o setor recebeu cerca de 100 mil novos trabalhadores, “o que é muito significativo quando estamos a falar de um universo de cerca de 400 mil pessoas a trabalhar no turismo”. “O que sentimos cada vez mais, e essa é a nossa grande aposta, é que os níveis de emprego no turismo têm se mantido estáveis ao longo de todo o ano”, estando assim a ser minimizados os efeitos da sazonalidade. De acordo com a AHRESP, a associação de restauração e hotelaria, a indústria do turismo precisava, já no ano passado, 40 mil novos trabalhadores.