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Seatrade Cruise Med acontece em Lisboa
Opção Turismo


Seatrade Cruise Med abriu ontem (19) em Lisboa, e continua hoje na FIL – Centro de Congressos e Exposições de Lisboa.

Acolhido pelo Porto de Lisboa e apoiado pela MedCruise e pela Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA), o evento é composto por uma feira, conferências e um programa complete denetworking. Esta feira faz parte da Portugal Shipping Week.

Na cerimónia de abertura, ontem de manhã, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, dirigiu-se a mais de 350 delegados no seu discurso de boas-vindas e disse que era uma excelente oportunidade para as empresas portuguesas se apresentarem à indústria de cruzeiros e a todo o governo, entidades públicas e empresas privadas, no sentido de trabalharem em conjunto para construir o futuro.

Subiram igualmente ao palco na inauguração oficial, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro e a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Ana Mendes Godinho.

Na sua intervenção Airam Diaz Pastor, presidente da MedCruise, sublinhou que o Mediterrâneo está perante um futuro risonho, a desenvolver mais capacidade e mais investimentos em infraestruturas portuárias.

Por sua vez, o presidente da CLIA Europe e Chairman da Carnival UK, David Dingle, falou na qualidade de dirigente da Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA) e assegurou que o estado da indústria de cruzeiros émuito bom.

No ano passado, realizaram-se em todo o mundo 26,7 milhões de cruzeiros… um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Assumindo que os níveis de ocupação permanecem sensivelmente os mesmos neste ano, isso significa que mais de 28 milhões de cruzeiros serão sido vendidos em 2018, um crescimento adicional de 5%. O crescimento do mercado de origem europeu tem-se mantido constante e se algum constrangimento teve lugar foi a redistribuição de alguns navios para a Ásia e outros locais. Em 2017, 26% das vendas globais de cruzeiros foram na Europa, mas prevemos um aumento para 28% em 2018 e 2019, à medida que a capacidade começar a aumentar.

Especificamente sobre a Europa, David Dingle disse:

Olhando para a Europa como mercado de origem, destino e centro industrial, o que mais impressiona é o crescimento da contribuição económica da indústria europeia de cruzeiros – perto de € 48 mil milhões em 2017, um aumento de 16,9% desde a última pesquisa em 2015. É uma subida fenomenal, e vem do crescimento do mercado de origem, mais actividades operacionais de cruzeiros na Europa e mais construção de navios de cruzeiro, item que cresceu mais de 22% em comparação com 2015, subindo para níveis recorde, com uma notável carteira de encomendas de 66 novos navios até 2021, no valor de quase € 30 mil milhões.

Com vendas de 7 milhões de cruzeiros em 2017, 8% a mais do que em 2015, a Europa é o segundo maior mercado emissor do mundo. Mais de 80% das vendas europeias foram para cruzeiros na Europa e, somando-se ao número de americanos, asiáticos e australianos a fazer cruzeiros na Europa para cruzeiros, isso significa que 6,5 milhões de pessoas fizeram um cruzeiro na Europa durante o ano passado, 6% a mais que em 2015.

Mesmo com 7 milhões de cruzeiros vendidos, a penetração no mercado europeu não passa de 2% da população total, enquanto na América do Norte e na Austrália esse número está próximo de 4%. As novas encomendas destinadas à Europa impulsionarão um novo aumento da procura.

Se a área da conferência esteve sempre ocupada, o recinto da feira estava igualmente vibrante, com mais de 2.700 participantes de 105 países antecipando o resultados dos dois dias de actividades.