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Mobi.e vai alargar rede com mais 300 postos até Março
Jornal de Negocios


A gestora da rede de carregamento de carros eléctricos Mobi.e vai ter mais 302 postos até ao final do primeiro trimestre de 2019. A informação foi adiantada ao Negócios por fonte oficial do Ministério do Ambiente, que tem a pasta da mobilidade eléctrica.

Hoje, a entidade conta com 534 postos em 50 municípios. E até ao final do ano vai acrescentar mais 100 no âmbito do contrato assinado em Julho de 2017 com a Kilometer Low Cost.

A aquisição e instalação destes postos representaram um investimento de quase meio milhão de euros, fora impostos. E foi atribuído à empresa com sede em Aveiro no âmbito de um concurso público, a que concorreram também a Galp Power, a ENAT – Energias, a Eyssa e a Construção e Manutenção Electromecânica.

Questionado sobre o ponto de situação deste contrato, o gabinete de João Pedro Matos Fernandes informou que "o processo de instalação dos 100 postos está ainda a decorrer, estando previsto estar concluído até ao final do ano". Mas o plano de expansão previsto pela Mobi.e não fica por aqui.

No final de Julho, a entidade gestora da mobilidade eléctrica fechou um novo contrato para a compra e instalação de mais 202 postos de carregamento normal de veículos eléctricos. Desta vez, foi atribuído à Resul pelo preço de 1,2 milhões de euros, acrescido de IVA.

Estes 202 postos "correspondem à implementação da segunda fase da rede-piloto Mobi.e +", detalhou a mesma fonte governamental, acrescentando que prevê que "as operações estejam finalizadas durante o primeiro trimestre de 2019".

Os 202 postos vão ser distribuídos em números iguais – dois pontos de carregamento – por vários municípios do país. Desde Aguiar da Beira, Boticas, Covilhã a Lamego e Vidigueira, a lista é vasta.

Com este investimento no alargamento da rede, e tendo em conta os prazos previstos, até ao final de Março a rede Mobi.e terá 836 postos de norte a sul do país.

Uma das queixas dos utilizadores de veículos eléctricos passa precisamente pela falta de postos de carregamento em todo o país, o que dificulta as viagens longas. Um problema agravado pela manutenção constante de alguns postos geridos pelos operadores que integram a rede de mobilidade eléctrica.

Depois da implementação desta segunda fase-piloto, "não está previsto novo alargamento de iniciativa pública", explicou o Governo. "Espera-se que a partir do início dos pagamentos nos postos de carregamento rápido, o alargamento da rede seja de iniciativa privada", sustentou. Um passo que já foi adiado por várias vezes. O último prazo aponta para o terceiro trimestre deste ano.

Cobrança dos carregamentos rápidos ainda sem acordo

Desde 2017 que o prazo para o início do pagamento dos carregamentos rápidos de carros eléctricos tem vindo a derrapar. A última data avançada pela Mobi.e para a conclusão dos trabalhos com as empresas comercializadoras é final de Setembro. Questionado pelo Negócios sobre o ponto de situação do processo, o Ministério do Ambiente comentou que as partes envolvidas "continuam a desenvolver os trabalhos necessários para que o início dos pagamentos [...] seja assim que possível". A metodologia a aplicar na factura da mobilidade eléctrica tem sido a causa dos sucessivos atrasos, nomeadamente a introdução da taxa que financia a RTP (CAV), cobrada na conta da luz.