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Os carros eléctricos que prometem mudar o mercado
Jornal de Negócios


Várias grandes marcas vão lançar novos modelos eléctricos até 2020. As apostas vão para a autonomia e para o preço, que deverá descer e facilitar a massificação deste tipo de automóveis.
A corrida à liderança do automóvel eléctrico já começou, e vai necessariamente acelerar nos próximos anos. São muitas as marcas que têm divulgado planos e novos modelos neste segmento, que contará até 2020 com muitas alternativas ao dispor dos clientes, que começam a abandonar as tradicionais resistências.

Para já, há duas áreas nas quais todas as marcas parecem estar a apostar: a autonomia e o preço. Com a evolução da tecnologia, o grau de autonomia dos novos carros - com um carregamento completo - ficará acima dos 400 quilómetros, afastando os receios dos condutores, sobretudo nos EUA, onde esta é uma questão mais determinante. E, no que toca ao preço, há várias propostas entre os 25 e os 40 mil dólares, segundo um trabalho da Business Insider.

Não sendo a marca que mais vende, a Tesla é aquela para a qual todos olham, sobretudo depois do lançamento do Model 3, que tem um preço a partir dos 35 mil dólares. A marca de Elon Musk só começará a entregar estes carros na Europa daqui a um ano. Aquilo que é certo é que esta é uma jogada num segmento de preço que permite a um carro eléctrico de grande qualidade ser competitivo com muitos outros segmentos, ligeiramente acima e ligeiramente abaixo.

A Volkswagen, com o seu ID, e um SUV Ford, por exemplo, estarão no mercado em 2020. Também nesse ano é esperada a introdução do Tesla Model Y, um SUV compacto. Antes disso será a vez da Volvo apresentar o seu veículo totalmente eléctrico.

Há ainda automóveis que prometem mudar o jogo mais cedo. É o caso do Chevrolet Bolt, que já é vendido nos EUA por 30 mil dólares (já descontando o valor do crédito fiscal por se tratar de um carro eléctrico). E da nova versão do popular e pioneiro Nissan Leaf. Este carro será apresentado em Setembro e deverá continuar a marcar diferença para a concorrência no preço, destinando-se a um segmento abaixo da nova concorrência. Será o primeiro desta "fornada" a estar disponível no mercado nacional.

Há mais modelos já no mercado e outras marcas a reforçar a aposta. Por outro lado, há que contar ainda com a fiscalidade portuguesa, pelo que só quando os modelos estiverem à venda em Portugal se conseguirá ter uma noção da sua competitividade. Mas a tendência de descida é clara.

Uma coisa parece certa, as marcas estão a esforçar-se por marcar uma posição naquele que é visto como o segmento do futuro (alguns dos modelos têm também opções de condução autónoma). Os automóveis eléctricos de hoje e de manhã terão maior autonomia, serão mais eficientes e custarão cada vez menos. Neste ambiente de concorrência, quem ganha é o consumidor.