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Portugueses gastarão mais nas férias de verão com procura por destinos para fora de Portugal a crescer
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Os portugueses irão gastar mais 15% nas férias deste ano, quando comparado a 2021, ascendendo o valor a 1.543 euros, revelam os dados do 21.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS.

Portugal é, aliás, um dos países onde se verifica uma maior evolução na intenção de gastos para as próximas férias, embora, em valor, não se coloque no topo do ranking. Só mesmo Espanha (+20% para 1.503 euros) e Reino Unido (19% para 2.165 euros) suplantam o crescimento registado pelos portugueses, enquanto Bélgica e Alemanha acompanham a subida de 15% de Portugal, embora com valores finais distintos e mais elevados: 2.289 euros e 2.128 euros, respetivamente.

O barómetro revela que o orçamento médio europeu para estas férias de 2022 ronda os 1.805 euros (+14% face a 2021), ficando Suíça, Bélgica, Áustria, França, Alemanha e Reino Unido acima desse valor.

Já fora da Europa, destaque para a subida do orçamento para viagens, neste verão, dos norte-americanos (+19%) para 2.620 euros, embora o orçamento mais alta venha da Austrália com 2.808 euros.

A análise revela, também, que 79% dos portugueses têm planos para viajar durante os meses de verão, correspondendo a uma subida de 17 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior.

Seguindo uma tendência registada ao longo destes dois anos de pandemia, os destinos nacionais continuam a ser os preferidos dos portugueses, com um de 8 p.p. para os 54% face a 2021, mas os dados indicam, igualmente, uma crescente procura por destinos fora do país.

“O estrangeiro é agora a preferência de 52% dos portugueses, uma subida de 13 p.p., com Espanha (24%), França (13%) e Itália (9%) a serem os destinos preferidos”, revela o 21.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance. Já Portugal é o destino de preferência dos espanhóis e dos franceses.

De carro e para hotel
O hotel (41%) ou uma casa para arrendar (30%) continua a ser os tipos de acomodação mais procurados pelos portugueses para este verão de 2022. Já o carro (51%) permanece como meio de transporte de eleição para viajar, embora a opção pelo avião (41%) como meio de transporte registe um aumento de 7 p.p. em relação a 2021. Outra tendência que se mantém bastante positiva este ano é a preferência por locais perto do mar, sendo estes os preferidos de 58% dos portugueses inquiridos.

Segundo o Barómetro, apenas 34% dos portugueses já reservou as suas férias ou parte delas, destacando-se ainda como dos mais exigentes em relação às condições de segurança necessárias para viajar este verão. A higienização dos meios de transporte (45%) e o acesso a informação detalhada sobre a situação epidemiológica e as medidas de saúde pública aplicadas no destino de férias escolhido (33%) são algumas das condições mais valorizadas pelos portugueses para decidirem o local de férias deste verão.

Os cidadãos europeus (54%) continuam a manifestar preocupação em relação à saúde dos seus familiares e amigos no momento de viajar, destacando-se os viajantes espanhóis (75%) e portugueses (73%). Além disso, o barómetro mostra também que os portugueses (71%) são dos mais preocupados com a situação económica.

Os impactos da guerra e preços
O Barómetro revela que, em termos globais, as pessoas estão “entusiasmadas” pela possibilidade de voltarem a viajar, apesar da inflação e da guerra na Ucrânia, com a primeira a ser destacada pelos inquiridos como a questão que tem “mais impacto naquele entusiasmo”.

Por outro lado, se o nível global de preocupação com temas relacionados com a COVID-19 diminuiu em relação a 2021, a preocupação com a situação económica permanece quase inalterada, destacando-se as restrições orçamentais como uma das principais razões para os cidadãos não viajarem em 2022. “Na Europa, por exemplo, 41% dos inquiridos apontam essa causa para não viajarem (um aumento de 14 p.p.), indica o barómetro.

Na Europa, o impacto da inflação e o aumento generalizado dos preços destacam-se como o principal motivo para os cidadãos se sentirem “mais retraídos” quando pensam em viajar, principalmente os que habitam em Portugal (85%), na Polónia (79%), em Espanha (77%) e na Itália (74%).

Relativamente á possibilidade de optarem por um seguro de viagem, cerca de 43% dos portugueses afirma analisar, em primeiro lugar, “o preço dos seguros de viagem quando pondera contratar um serviço deste âmbito, sendo o indicador com mais peso na tomada de decisão”.

Viagens seguras
Entre os europeus, os britânicos, os espanhóis e os portugueses são os mais dispostos a pagar por novos benefícios de assistência no seguro de viagem, nomeadamente: alertas de segurança em tempo real (69%), coberturas para riscos relacionados com a COVID-19 (65%), acesso a informação sobre possíveis atrasos nos voos (64%), aplicação móvel que disponibilize informação sobre as políticas do seguro (59%) e serviços de telemedicina (58%).

A par dos checos e dos espanhóis, os portugueses são também dos cidadãos europeus que mais estão dispostos a pagar por novos benefícios de assistência automóvel: assistência em viagem com cobertura no estrangeiro (66%), proteção de pneus (53%) e acesso a um serviço decheck-upantes da viagem (49%), foram os principais benefícios assinalados no estudo.

Os viajantes europeus, a par dos tailandeses, são dos “mais empenhados” em continuar a contribuir para a diminuição dos impactos ambientais, económicos e sociais das suas viagens. “Algumas destas ações já fazem parte dos hábitos de viagem dos cidadãos”, revela o barómetro, indicando como exemplos, “a adoção de comportamentos sustentáveis, não desperdiçando recursos locais (87%); utilização de uma garrafa de água reutilizável (86%); apoio à economia local ao fazer refeições e comprar produtos em estabelecimentos regionais (86%); evitar participar em atividades que não são socialmente responsáveis ou que não respeitam o meio ambiente (81%)”.

A concluir, o 21.º Barómetro Anual de Férias de Verão da EuropAssistance prevê ainda “um retorno à normalidade”, onde as máscaras e os testes não serão mais necessários, entre este e o próximo ano. “Os cidadãos acreditam também que a COVID-19 terá impacto nos hábitos de viagem, nomeadamente na contratação de seguros de viagem”, afirmando que “mesmo quando a pandemia terminar vão continuar a utilizar estes serviços”.