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Tesla supera estimativas de entregas de veículos até março com China a dar forte empurrão
Jornal de Negócios


A Tesla superou as estimativas nas entregas de veículos elétricos em termos globais,no primeiro trimestre deste ano, com a China e a Europa a registarem uma subida acentuda, sugerindo que a aposta de Elon Musk, líder da fabricante automóvel, nestes dois mercados, está agora a surtir efeito, segundo analistas.

Entre janeiro e março de 2021, a empresa de Palo Alto entregou 184,8 mil veículos em todo o mundo, acima dos cerca de 169 mil veículos estimados por um consensode analistas questionados pela Bloomberg. O número atual representa uma subida de 109% em termos homólogos.
"O trimestre foi um massivo 'home run' na cara dos 'bulls'", escreve Dan Ives, analista da Wedbush, numa nota a que o Negócios teve acesso, ao mesmo tempo que reviu em alta a recomendação para a Tesla de "neutral" para "outperform", assim como o preço-alvo de 950 dólares para 1.000 dólares.

Diz ainda que "na China, após um início difícil no mês de janeiro, acreditamos que a Tesla foi a que mais beneficiou em relação aos 'players' domésticos".Musk está a fazer esforços para entrar com força na China, uma vez que o país é já é o maior mercado automóvel do mundo, para ganhar vantagem face à concorrência local. As vendas de automóveis deverão aumentar na China este ano, pela primeira vez desde 2017.

A chinesa NIO registou entregas de 20 mil unidades no mesmo período, ao passo que a Xpeng registou a entrega de 13,3 mil veículos.

Ives acrescenta que "os números das entregas do primeiro trimestre foram uma mudança de paradigma e mostram que a procura reprimida globalmente pelo Modelo 3/Y da Tesla está a atingir o seu próximo estágio de crescimento, como parte de um tsunami verde em andamento em todo o mundo".

"Agora acreditamos que a Tesla pode exceder 850 mil entregas no ano como um todo, com 900 mil numa meta de expansão, apesar da escassez de 'chips' e de vários problemas da cadeia de abastecimento persistentes em todo o setor automóvel", refere o analista.

Este ano, as ações da Tesla estão a cair cerca de 5%, depois de no ano anterior terem disparado mais de 770%.