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Valor médio das rendas aumentou 5,5% no segundo semestre de 2020
Jornal Económico sapo


No segundo semestre de 2020 o valor médio das rendas de alojamentos familiares no país aumentou 5,5%, face aos 9,3% registados no semestre anterior, de acordo com as Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local, revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segund-feira, 29 de março.

O valor médio do metro quadrado fixou-se nos 5,62 euros. Em 15 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes houve uma redução das rendas médias, verificando-se 79.878 de novos contratos de arrendamento. Tal como no semestre anterior, verificou-se um aumento no número de novos contratos celebrados relativamente ao mesmo período do ano anterior: +9,7% (+3,8% no semestre anterior).

O valor das rendas situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (8,57 euros/m2), Algarve (6,63 euros/m2), Área Metropolitana do Porto (6,12 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira e (5,99 euros/m2).

No segundo semestre de 2020 (últimos 12 meses), 34 municípios apresentaram rendas acima do valor nacional, com Lisboa a apresentar o valor mais elevado (11,46 euros/m2), destacando-se ainda, com valores iguais ou superiores a 7 euros/m2 em Cascais (10,42 euros/m2), Oeiras (10,01 euros/m2), Amadora (8,76 euros/m2), Porto (8,70euros/m2), Odivelas (8,26 euros/m2), Almada (8,20 euros/m2), Matosinhos (7,72 euros/m2), Loures (7,58 €/m2), Lagos (7,50 euros/m2), Loulé (7,44 euros/m2), Albufeira (7,31 euros/m2), Portimão e Sintra (ambos com 7,14 euros/m2).

No período em análise, Vila Franca de Xira e Odivelas (ambos com +7,7%) e Leiria (+7,5%) foram de entre os 24 municípios com mais de cem mil habitantes, aqueles que registaream taxas de variação homólogas superiores a 7%.

Ds municípios com mais de 100 mil habitantes, Vila Franca de Xira, Odivelas, Setúbal e Almada apresentaram,
simultaneamente, um valor médio das rendas em novos contratos de arrendamento destinados à habitação acima do valor nacional (5,61 euros/m2) e taxas de variação, face ao período homólogo, superior ou igual à do país (+5,5%). Leiria (+7,5%), Vila Nova de Famalicão (+6,7%) e Barcelos (+6,5%) registaram também taxas de crescimentos homólogas superiores ao valor nacional.

Neste período, duas das 24 freguesias de Lisboa registaram valores medianos de novos contratos de arrendamento de habitação superiores a 13 euros/m2 : Santo António (13,83 euros/m2) e Misericórdia (13,40 euros/m2). Por outro lado, Santa Clara (7,95 euros/m2), Marvila (10 euros/m2) e Lumiar (10,24 euros/m2) apresentaram os valores mais baixos.

Na região do Porto, a União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde destacou-se por registar o valor de rendas de novos contratos mais elevado (9,50 euros/m2), entre as sete freguesias do município. Paranhos registou um valor (8,48 euros/m2) abaixo do valor do município do Porto (8,83 euros/m2) e uma taxa de variação homóloga (-3,7%) inferior à do Porto (-1,5%).

Tal como no semestre anterior, a freguesia de Campanhã registou, simultaneamente, a maior taxa de variação homóloga (+4,4%) e a menor renda mediana (7,54 euros/m2) no município do Porto. A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (9,50 euros/m2) e a União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (9,40 euros/m2) apresentaram, simultaneamente, um valor mediano de rendas acima do valor do município do Porto (8,83 euros/m2) e uma taxa de variação homóloga (-4,9% e -2,9%, respetivamente) inferior à verificada no Porto (-1,5%).