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“O PRINCIPAL CLIENTE EM TODOS OS PAÍSES QUE OPERAMOS FOI O LOCAL”
PUBLITURIS


Ditada pela pandemia e em resultado das restrições às viagens que foram adotadas por vários países em todo o mundo para conter a COVID-19, também nas motas se registou, este verão, uma tendência de maior procura por parte do mercado doméstico, como explica ao Publituris Fernando Silva, managing director da Hertz Ride, empresa de moto turismo que nasceu da Hertz Portugal e que se emancipou, tornando-se numa referência mundial no turismo sobre duas rodas e que está já presente em vários países em todo o mundo, incluindo mercados como os EUA, França ou Itália. “Este ano, o nosso principal cliente em todos os países que operamos foi o local”, resume o responsável, revelando que “este verão marcou essencialmente uma inversão em termos de maior procura. Mais clientes locais em detrimento de clientes estrangeiros”.

A Hertz Ride Portugal não foi exceção e também em território nacional os clientes lusos foram os que maior procura apresentaram, ainda que se tenham contabilizado alguns clientes estrangeiros, principalmente alemães, franceses, ingleses e brasileiros, “apesar de em muito menor quantidade que nos anos anteriores”, acrescenta o responsável.

De acordo com Fernando Silva, “as restrições de mobilidade entre países afetaram os resultados da Hertz Ride” em Portugal e em toda a Europa, mas o verão até trouxe uma “melhoria significativa face aos primeiros meses da pandemia”, que não será, no entanto, suficiente para equilibrar os resultados da empresa até ao final do ano, depois do impacto da crise provocada pela COVID-19. “Este foi um ano muito difícil já que a pandemia chegou no início da época alta do mototurismo, quando o tempo começa a convidar às atividades ao ar livre. Desta forma, em termos de volume, prevemos uma quebra na ordem dos 70% nas nossas operações da Europa para 2020”, explica, sublinhando que, nos EUA, a empresa não tem ainda base de comparação, já que a atividade da Hertz Ride no país arrancou apenas no final de 2019.

Retoma em abril

Fernando Silva mostra-se, no entanto, otimista em relação ao futuro e aponta abril de 2021 como data provável para o regresso da procura turística pelas motas, ainda que realce que o “regresso à normalidade depende do aparecimento da vacina”. No entanto, explica, a Hertz Ride atua num segmento “de turismo de experiência”, sem qualquer exposição ao turismo de negócios, o que poderá ajudar a que a retoma seja mais rápida do que noutras áreas do setor. “Pensamos que a retoma será mais rápida uma vez que não temos exposição ao segmento do turismo de negócios, esse sim com uma retoma previsivelmente mais demorada. Queremos acreditar que, a partir de abril, os amantes das duas rodas e das aventuras de moto turismo poderão voltar a desfrutar das estradas e paisagens nos diversos países onde estamos presentes”, refere ainda o managing director da Hertz Ride.

Novos países

Apesar da pandemia, a Hertz Ride tem planos ambiciosos para 2021 e Fernando Silva explica, desde logo, que a empresa espera entrar em novos países em pelo menos três continentes ao longo do próximo ano. “Em 2021, esperamos lançar novos países Hertz Ride em pelo menos 3 continentes, desta vez em regime de franchise com parceiros locais, como já acontece com a Áustria e Eslovénia”, revela o responsável, que, entre os novos mercados onde a empresa passou nos últimos anos a estar presente, destaca o norte-americano, onde a Hertz Ride entrou no final de 2019. “O mercado dos EUA tem-se mostrado muito promissor quer pela sua dimensão, quer pelo fascínio gerado pelas suas estradas e paisagens”, explica Fernando Silva, revelando que, apesar de ter sido lançado pouco antes do início da pandemia, este mercado “teve os sinais mais positivos de retoma dentro da rede, mais particularmente depois do verão”.