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Acionistas da PSA aprovam fusão com Fiat-Chrysler com 95,95% dos votos
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Os acionistas do grupo automóvel francês PSA aprovaram hoje em definitivo e por 99,95% dos votos a fusão com a Fiat-Chrysler numa assembleia geral extraordinária realizada em paralelo com a da empresa italo-americana.

reunião de acionistas da PSA, transmitida por videoconferência, aprovou com 99,95% dos votos a fusão que será formalizada em data a definir e que dará origem ao novo grupo empresarial Stellantis.

O "número um" da PSA e futuro presidente executivo da Stellantis (que resultará da fusão entre os dois fabricantes de automóveis), Carlos Tavares, garantiu que estavam "prontos para a fusão, para criar valor e para avançar para a próxima fase desta história fabulosa".

O gestor insistiu ainda no facto de a fusão ter como objetivo alcançar sinergias anuais, e disse que esta "será a primeira prioridade da administração da Stellantis".

A dimensão da Stellantis, tendo em conta os dados agregados das duas empresas relativos a 2019, vai colocá-la como o terceiro fabricante mundial em volume de negócios, com 167 mil milhões de euros, e o quarto em volume de veículos, com mais de oito milhões, atrás apenas da Volkswagen, Toyota e da aliança Renault-Nissan-Mitsubisthi.

Carlos Travares lembrou também que a PSA, que detém as marcas Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall, conseguiu melhorar os seus resultados nos últimos anos, a ponto de ter sido a empresa "mais rentável" do setor, tanto em 2019 quanto no primeiro semestre do ano passado.

Além disso, realçou o facto de ser "líder" na redução de emissões de dióxido de carbono (CO2), sendo que PSA ocupa o "primeiro lugar" neste critério na Europa, região que constitui o seu principal mercado.

Carlos Tavares referiu também que o grupo que resulta da fusão tem atualmente uma posição financeira "sólida" e com o objetivo de esclarecer as dúvidas que têm sido levantadas sobre a situação financeira da Fiat-Chrysler disse que "nenhuma das empresas está em crise".

"Seremos mais fortes juntos do que separados", afirmou, apontando em primeiro lugar que a Stellantis traz uma grande complementaridade "em termos geográficos e tecnológicos" e depois que as duas entidades vão "somar investimentos em investigação e desenvolvimento".

As duas empresas complementam-se em termos geográficos ao nível dos mercados da Europa e norte-americano, mas o grande desafio que se põe é o mercado asiático, principalmente a China.

Quando a operação se concluir, a Stellantis terá 14 marcas diferentes e será uma empresa de direito holandês.