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Restaurantes consideram que podem servir refeições a quem tiver autorização para circular nos fins de semana
EXPRESSO


Governo prepara-se para anunciar apoios especiais aos restaurantes devido ao período de recolher obrigatório, mas a associação do sector alega que os estabelecimentos podem permanecer abertos até às 22h30 e, como tal, podem servir refeições a quem estiver autorizado a circular.

Quem tem autorização para circular nos períodos de recolher obrigatório decretados no atual estado de emergência, até 23 de novembro, incluindo os fins de semana, também deve poder ir aos restaurantes para fazer refeições ou levá-las em 'take away' - esta é a posição defendida pela Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

A associação alega que o estado de emergência que foi decretado permite que os restaurantes possam continuar a funcionar aos fins de semana no horário permitido durante os dias úteis, até às 22h30. E frisa ainda que "ao mesmo tempo que estabelece uma proibição de circulação, admite uma série de exceções, nomeadamente para efeitos de trabalho ou retorno ao domicílio".

Segundo a AHRESP, "apesar das exceções não contemplarem as idas ao restaurante, não podemos deixar de considerar que as pessoas que têm justificação para circular podem também deslocar-se a um restaurante". A associação exemplifica ainda que "um trabalhador pode tomar e levar a sua refeição ou alguém que vai a caminho da sua residência também pode parar para almoçar ou jantar".

O decretar de períodos de recolher obrigatório para os próximos fins de semana tem gerado uma polémica acesa junto do sector da restauração, que já se mobilizou em protestos de rua.

"Tem havido algumas interpretações em sentido contrário a este nosso entendimento, pelo que já indagamos a tutela para que se pronuncie com a maior urgência, para que os agentes económicos possam decidir pela abertura ou encerramento dos seus estabelecimentos", avança a AHRESP.

O primeiro-ministro, António Costa, já adiantou que serão anunciados apoios especiais aos restaurantes para suprir a falta de clientes nos períodos de recolher obrigatório decretados, incluindo tardes e noites dos fins de semana. No caso de Lisboa, o presidente da câmara, Fernando Medina,anunciou apoios a fundo perdido para restaurantes e lojas nos próximos quatro meses.