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Viagens de portugueses para o estrangeiro quase nulas no segundo trimestre
JORNAL DE NEGÓCIOS


No segundo trimestre do ano, contaram-se 2 milhões de viagens de residentes em Portugal, mas nem 1% teve como destino o estrangeiro.

Entre abril e junho, 99,4% das deslocações corresponderam a viagens em território nacional, diminuindo 59,1% face a igual período do ano anterior. As viagens turísticas com destino ao estrangeiro foram praticamente nulas (0,6% do total), totalizando 12,4 mil (-98,5% em comparação com o ano anterior).

No total, houve uma quebra nas viagens de residentes em Portugal de 64,9%. "O impacto da pandemia COVID-19 e a declaração do Estado de Emergência no mês de abril e do Estado de Calamidade no mês de maio que impuseram medidas de confinamento contribuíram para o decréscimo observado", justifica o Instituto Nacional de Estatística, no destaque Procura Turística dos Residentes, publicado esta segunda-feira.

O "lazer, recreio ou férias" foi a principal motivação para viajar durante o segundo trimestre de 2020, sendo justificação para 1,1 milhões de viagens. Esta categoria aumentou o seu peso para 53,8% do total, quando no trimestre homólogo marcava 48,6%. Já as visitas a familiares e amigos decresceram como preocupação, correspondendo a 686,6 mil viagens ou 34,4% do total, isto é, menos 2,8 pontos base.

O "alojamento particular gratuito" manteve-se como a principal opção de alojamento (84,2% das dormidas), sendo o único tipo de alojamento a reforçar a sua representatividade. Os "hotéis e similares" concentraram 10,8% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 2º trimestre de 2020, perdendo peso no total (-20,7 p.p.).

Apesar desta redução, verificou-se um aumento muito significativo do número de noites passadas fora do ambiente habitual pelos turistas, especialmente em abril e maio. Nestes meses, o número de noites ascendeu de 3,47 e 3,45 para, respetivamente, 8 noites e 5,41 noites.