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SET ADMITE AJUSTES NA ESTRATÉGIA TURISMO 2027 PARA ACOMODAR TURISMO DE COMPRAS
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A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, admitiu esta quinta-feira, 15 de outubro, que a Estratégia Turismo 2027 pode “sofrer uns ajustes” para passar a incluir também o turismo de compras, segmento que, segundo a governante, “tem vindo a crescer, evidenciando-se como um atractor importante principalmente para os mercados mais longínquos, como o mercado asiático”.

“A Estratégia Turismo 2027 foi gizada há quatro anos e diria que, na sua totalidade, mesmo em situação pandémica, se mantém atual nos programas, ações e objetivos. E não temos como intenção revisitar a estratégia. É um documento que, além de ter recolhido o consenso aquando da sua elaboração, continua a recolher muito consenso nos tempos de hoje, mas evidentemente pode e deve sofrer uns ajustes, no sentido de acomodar novas realidades”, admitiu Rita Marques.

De acordo com a responsável, que interveio na conferência “Portugal na Rota do Turismo Chinês: Que Futuro?”, promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, o turismo de compras tem vindo a ser um dos segmentos que mais contribui para as receitas turísticas portuguesas, que atingiram os 18,4 mil milhões de euros no ano passado, com destaque para os gastos dos turistas provenientes do mercado asiático.

“Sabemos que grande parte das nossas receitas turísticas decorrem do turismo de compras e quando analisamos o gasto médio por compra de um turista chinês, quando comparado, por exemplo, com um turista inglês ou alemão, tem um diferencial na ordem das cinco a sete vezes mais. Portanto, são valores incomparavelmente superiores”, afirmou Rita Marques.

A secretária de Estado do Turismo explicou ainda que tem vindo a trabalhar com o seu homólogo dos Assuntos Fiscais, no sentido de resolver algumas questões fiscais que ainda existem, nomeadamente através de tecnologia que ajude a acelerar os reembolsos.

“Assumo o compromisso de podermos trabalhar, como já estávamos a fazer, este segmento. Evidentemente que há questões também de natureza fiscal e tenho vindo a trabalhar com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no sentido de tentar encontrar soluções tecnológicas e que nos ajudem, por exemplo, no ‘VAT Refund’ de forma mais célere e digitalmente também mais avançada, mas são dossiers que estão a ser trabalhados”, garantiu, mostrando-se confiante que, em breve, possam existir “resultados concretos” quanto a este tema.