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ROTAS DA TAP CRIADAS NO PORTO “SÃO NESTE MOMENTO UM PREJUÍZO” PARA A COMPANHIA
AMBITUR


As quatro rotas criadas no aeroporto do Porto, depois de o Estado “tomar uma posição mais assertiva” na TAP, “são neste momento um prejuízo” para a companhia aérea, garantiu ontem o ministro das Infraestruturas e da Habitação. Numa audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no parlamento, Pedro Nuno Santos disse que as quatro rotas criadas no aeroporto do Porto recentemente, para Amesterdão, Milão, Zurique e Ponta Delgada estão com “46% da lotação em média” e são “neste momento um prejuízo para a TAP”.

O ministro revelou ainda que está a ser estudado o reforço da frota da TAP Express/Portugalia, para operar, a partir de Porto e Faro, para outros aeroportos da Europa, em “ligações ponto a ponto”, para tentar que a TAP seja “mais competitiva”, nomeadamente face às companhias aéreas low-cost.

Grupo TAP com menos 1.600 trabalhadores até ao fim do ano
Pedro Nuno Santos anunciou ainda que irão sair 1.600 trabalhadores do grupo TAP até ao final do ano, tendo já saído 1.200 colaboradores.

O governante desmentiu dados apresentados pelo Bloco de Esquerda, que apontou a saída de 1.500 tripulantes da TAP, referindo que isso seria 80% da força laboral e garantindo que os 1.600 trabalhadores que irão sair são de todo o grupo e não apenas da companhia aérea.

“Não podemos manter artificialmente uma dimensão que não tem adesão ao mercado em que estamos hoje a operar”, explicou, salientando que isso “implica que no processo de reestruturação seja feito o redimensionamento” da companhia. “Não podemos manter emprego que depois não tem trabalho”, rematou.