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Do estado de emergência ao desconfinamento número de empresas abertas sobe para 91%
Executivedigest.sapo


Completados dois meses de inquirição, o INE e o BdP, no âmbito do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 avançam, esta terça-feira, com uma análise comparativa dos resultados entre o período do estado de emergência e o período de levantamento gradual das medidas de contenção.

Assim, foi apurado que a percentagem de empresas em funcionamento, mesmo que parcialmente, aumentou de 83% em abril para 91% em maio. Sectorialmente, é de destacar o Alojamento e restauração que, em maio, tinha em funcionamento 51% das empresas, mais 10 p.p. que em abril, e o Comércio com 93% das empresas a funcionar face a 84% em abril.

A percentagem de empresas respondentes a reportar um impacto negativo no volume de negócios, face à situação
expectável sem pandemia, decresceu de 80% em abril para 75% em maio. Por setores, a melhoria mais
significativa ocorreu no setor da Construção e atividades imobiliárias, onde esta percentagem se reduziu de 74% em
abril para 61% em maio.

Ao longo destes dois meses, observou-se também uma diminuição da percentagem de empresas que referiram um
impacto negativo no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar face à situação expectável sem pandemia (48% em
maio, menos 12 p.p. face a abril).

Nos setores dos Transportes e armazenagem e da Construção e atividades imobiliárias, esta evolução foi mais acentuada, com 51% e 34% das empresas nesta situação em maio, respetivamente, menos 20 p.p. e menos 17 p.p. que em abril.

Entre os dois períodos, observou-se um aumento da percentagem de empresas que referiram beneficiar das medidas
apresentadas pelo Governo devido à pandemia COVID-19 (excluindo o layoff simplificado).

Em particular, destaca-se o aumento da percentagem de empresas que efetivamente beneficiou da medida de suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas e da medida de moratória ao pagamento de juros e capital de créditos já existentes, situando-se nos 20% e 17%, respetivamente (mais 8 p.p. e mais 7 p.p. face a abril).

Porém, a percentagem de empresas que referiram não beneficiar nem planear beneficiar das medidas apresentadas pelo Governo aumentou ligeiramente, situando-se entre 53% e 61% em maio, consoante a medida.

A percentagem de empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas que recorreram a crédito adicional
aumentou ligeiramente entre os dois períodos em análise, passando de 13% para 15%.