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Covid-19: Governo aumenta primeira linha de crédito para €400 milhões. Faltam as de maior fôlego
Expresso


Governo aumentou o dinheiro disponível na primeira linha de crédito que tinha lançado para a proteção de empresas que enfrentem com problemas de tesouraria e no fundo de maneio devido à pandemia de covid-19. A linha, inicialmente dotada com 200 milhões de euros, passou agora a ter um montante máximo de 400 milhões. Ainda assim, até quarta-feira, só no Novo Banco (um dos bancos protocolados), a procura já estava nos 300 milhões. Para já, ainda não estão no terreno as restantes quatro linhas de crédito anunciadas pelo Governo no valor de 3 mil milhões de euros.

Conforme avançou inicialmente o Jornal de Negócios,citando a nova informação colocada no site do IAPMEI, a linha capitalizar – Covid-19 viu a dotação reforçada para o dobro. A parcela defundo de maneioé agora de 320 milhões de euros (sob a forma de empréstimos bancários), sendo que a relativa aoplafondde tesourariase fixa nos 80 milhões (através de plafond de crédito em sistema derevolving).

Esta linha está a ser operacionalizada por umconjunto de 16 bancos, sendo que, na quarta-feira, quando a linha tinha ainda o tecto dos 200 milhões, o presidente do Novo Banco revelou que a procura, só naquele banco, estava já perto dos 300 milhões. Os destinatários são preferencialmente micro, pequenas e médias empresas, sendo que os montantes máximos por beneficiário são de 1,5 milhões de euros, em que não tem de haver desembolso durante 12 meses, e com prazo de até quatro anos.

Desde esta sexta-feira,deixarão de ser aceites candidaturasdas empresas que vão beneficiar das linhas de crédito específicas de 3 mil milhões de euros, que já foram anunciadas pelo Governo e que ainda estão à espera de operacionalização. Nessas novas linhas, estão incluídos os sectores da indústria têxtil e extrativa (1,3 mil milhões), os alojamentos (900 milhões), a restauração (600 milhões) e ainda o lazer (200 milhões).

Ainda não foram divulgados todos os pormenores relativos a estas novas linhas, anunciadas pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e Mário Centeno, ministro das Finanças, mas é já certo que têm condições mais favoráveis do que as aplicadas na linha de 400 milhões. Só nosspreadsbancários, as operações já existentes podem variar entre 1,943% e 3,278%; nas novas linhas, osspreadsvão oscilar entre 1% e 1,5%, segundo anunciou já o Executivo. Uma diferença significativa. Em comum têm beneficiar de uma garantia estatal e de contragarantia de sociedades mútuas, pelo que há também aí uma comissão de garantia de 0,5% a cobrar.

A linha de apoio à tesouraria para microempresas do turismo, operacionalizada pelo Turismo de Portugal, continua a prever empréstimos totais de 60 milhões de euros.