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Taxa de desemprego cai para 6,1%, o mínimo desde 2003
JORNAL DE NEGÓCIOS


A taxa de desemprego recuou para 6,1%, o valor mais baixo da série de dados desde 2011. Comparando com séries anteriores, é o menor valor desde 2003, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quarta-feira, 6 de novembro.
Tal como explica o INE, o número de desempregados diminuiu 1,5% em termos trimestrais, o que corresponde a menos 5,1 mil pessoas à procura de trabalho. Mas a criação de emprego foi bastante mais expressiva: o número de empregados aumentou em 31,1 mil pessoas, em apenas três meses. Quando comparado com o período homólogo, foram registados mais 45 mil pessoas a trabalhar.
Também é de assinalar que a população ativa continua a aumentar, o que significa que há mais pessoas a querer participar no mercado de trabalho – um sinal de que este está mais saudável e atraente. Os dados do INE dão conta de 5.271,2 mil pessoas no ativo, mais 0,5% (26,1 mil pessoas) do que no trimestre anterior e também acima do verificado no mesmo período de 2008.

Tanto a taxa de desemprego dos jovens (entre os 15 e os 24 anos), como a de desemprego de longa duração também diminuíram.

Comparando com a meta definida pelo Governo para este ano, que consta do esboço de Orçamento do Estado para 2020 entregue pelo Executivo à Comissão Europeia, a taxa de desemprego está agora mais baixa – Governo comprometeu-se com um valor médio anual de 6,3%. No primeiro trimestre do ano estava em 6,8%, mas no segundo caiu para 6,3% e agora já está em 6,1%.

Quem encontrou emprego?

Segundo os dados do INE, foram sobretudo homens, entre os 45 e os 64 anos, que fizeram aumentar a população empregada no terceiro trimestre deste ano. São pessoas que completaram o ensino secundário e pós-secundário e o setor que mais emprego criou foi o dos serviços, "em particular nas atividades de alojamento, restauração e similares", lê-se no destaque do INE. Também as atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas criaram bastante emprego (15,4 mil postos de trabalho a mais, em termos líquidos).

A maior parte do emprego criado foi por contra de outrem, com contrato sem termo, a tempo completo, indicam ainda os números do INE.

Em termos regionais, houve duas regiões no terceiro trimestre deste ano com uma taxa de desemprego inferior à média nacional: Algarve (5,3%) e Centro (4,8%). Já os Açores destacam-se por ter a maior taxa de desemprego, com 7,3%, seguida pelo Alentejo (7%), Madeira (6,9%), Norte (6,6%) e Área Metropolitana de Lisboa (6,4%).