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Fidelidade: "Empresas não estão minimamente preparadas para riscos"
JORNAL DE NEGÓCIOS


Como tem evoluído a captação de clientes?

Temos 1,9 milhões de particulares e 307 mil empresas. Estamos contentes, mas o índice de posse de seguros é baixo. A média é duas apólices por empresa. Há pouca consciência para a proteção da própria atividade.

As empresas não estão preparadas para os riscos?

Não estão minimamente preparadas. Mas o problema também parte de não conseguirmos fazer sensibilização.

Quem devia dar o alerta?

Todo o setor faz um trabalho, seja a supervisão ou as empresas, mas é insuficiente, porque a raiz está na cultura. O acaso bate sempre na porta ao lado. Isso tem de se aprender na escola.

As empresas já acordaram para o RGPD [Regulamento Geral de Proteção de Dados]?

Não estão acordadas, não procuram essa proteção.

A Fidelidade tem procurado soluções nesta área?

Estamos a estudar, mas ainda não temos uma solução. Estamos na análise do impacto que isto pode ter. Ainda é algo muito embrionário.

Quanto é que esperam recuperar da Thomas Cook?

Qualquer massa falida que possa gerar dividendo para os credores será bem vinda.

Esta falência pode travar a expansão da Fosun. Qual o impacto para a Fidelidade?

Não creio que haja relação direta entre uma coisa e outra. A Fidelidade continua a sua expansão, conforme programada.

Que resultados esperam para este ano?

Crescimento no volume de atividade, sim. Em termos de resultados, vai ser difícil, porque os investimentos são remunerados a taxas muito mais baixas. Eventualmente, teremos alguma redução.