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JORNAL DE NEGÓCIOS
No primeiro semestre de 2018 as reclamações dos utentes dos transportes tinham diminuído 14%, para 8.466, face aos seis meses precedentes.
Do total de 10.431 reclamações apresentadas e tratadas, 9.412 foram inscritas no Livro de Reclamações dos diversos operadores e prestadores de serviços do setor da mobilidade e dos transportes, tendo as restantes 1.019 outras origens.
Analisando o total de reclamações apresentadas numa ótica de média diária, verifica-se que no segundo semestre de 2018 foram registadas 57 reclamações por dia de calendário, mais dez do que no semestre anterior.
A CP, o Metropolitano de Lisboa, a Transtejo, a Rede Nacional de Expressos (RNE) e a Transportes Sul do Tejo (TST) foram as empresas que apresentaram um maior número de reclamações de julho a dezembro de 2018, com um total de 2.891, 953, 604, 509 e 416 reclamações, respetivamente.
As reclamações destas cinco empresas têm um peso de 52% do total das reclamações registadas na AMT.
As reclamações na CP aumentaram 56,3% (+1.041) face ao primeiro semestre e as no Metropolitano de Lisboa subiram 12,5%, enquanto no transporte rodoviário aumentaram as reclamações na RNE (+78%), TST (+147,6%), Vimeca Transportes -- Viação Mecânica de Carnaxide (+189,7%) e Eva Transportes (+76,5%).
No setor fluvial, o número total de reclamações foi de 760 no segundo semestre, verificando-se uma diminuição de 4,5% (menos 36 reclamações do que no primeiro semestre), apesar do aumento de passageiros transportados, sendo as três empresas mais reclamadas a Transtejo, a Soflusa e a Atlantic Ferries.
Quanto às reclamações relativas à rede nacional de autoestradas, no segundo semestre a Ascendi foi a entidade mais reclamada (com 54,5% do total e um aumento de 28,2% face ao primeiro semestre), seguindo-se a Brisa (com 20,2% do total) e a ViaLivre (com 10,6%).
Do universo de 17 motivos tipificados pela Direção-Geral do Consumidor, mantiveram-se constantes os três principais aspetos reclamados, representativos de 70% do total das reclamações na segunda metade do ano: 'preços/pagamento/bilheteiras', 'cumprimento defeituoso/cumprimento não conforme com o contrato/incumprimento' e 'qualidade do atendimento/atendimento deficiente nos estabelecimentos e no atendimento telefónico'.