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Renault sobe mais de 4% e já acumula ganhos em 2019
JORNAL DE NEGÓCIOS


As ações da Renault estão a subir mais de 4%, a refletir os desenvolvimentos em torno da fusão com a Fiat Chrysler, bem como uma nota de análise do RBC, que destaca a francesa como preferida entre as fabricantes de automóveis da Europa.

A Renault está a liderar os ganhos entre as fabricantes de automóveis europeias, numa altura em que há novidades sobre a fusão com a Fiat Chrysler, e no dia em que foi publicada uma nota de análise por parte do banco de investimento RBC, que está otimista em relação ao setor europeu.

As ações da Renault estão a subir 4,22% para 56,54 euros, uma valorização que coloca a cotada em terreno positivo desde o início do ano (3,79%).

A contribuir para a subida das ações estão as notícias que apontam para que a fusão com a Fiat Chrysler encontre menos barreiras. Segundo a Reuters, a Fiat Chrysler e o governo francês fecharam um acordo sobre a influência que o Governo poderá ter no conselho de administração da Renault num cenário de fusão, segundo fontes próximas do processo, que não quiseram ser identificadas. Um acordo que poderá ditar um apoio do Governo francês à operação.

Além disso, ontemo CEO da Nissan "aprovou"a operação, convicto de que a fusão entre estes dois fabricantes automóveis poderá ser benéfica. Ainda assim, Hiroto Saikawa já deixou claro que esta operação levará a uma "revisão de fundo" da atual aliança da Nissan com a fabricante francesa.

Estas novidades estão a contribuir para a subida da Renault, mas não são as únicas. Os títulos estão a acompanhar a subida que se vive no setor europeu, impulsionada por uma nota do RBC, que está otimista sobre o futuro do segmento na Europa.

O banco de investimento considera que a procura de carros elétricos na Europa vai ajudar esta indústria, prevendo um crescimento de longo prazo para o setor automóvel europeu, que deverá ser fomentado em parte pela China e pelos mercados emergentes, de acordo com a Bloomberg.


Ainda assim, o RBC admite que a pressão de curto prazo se mantenha, não afastando quebras nas ações nos próximos tempos. Mas num horizonte mais longínquo, o banco de investimento canadiano tem uma perspetiva positiva.

A Renault é a "top pick", numa altura em que estão a decorrer negociações sobre a fusão com a Fiat Chrysler. O RBC considera que este será um catalisador para os títulos.

Já em relação aos fornecedores do setor, como a Faurecia e a Valeo, o RBC não está tão otimista, considerando que estão mais vulneráveis às quebras na produção automóvel e aos efeitos da guerra comercial devido à sua presença no mundo.