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ITB BERLIM: “EMPRESAS PORTUGUESAS DEVEM ESTAR ATENTAS E DESCOBRIR AS TENDÊNCIAS”
AMBITUR


Com um retorno económico estimado de sete mil milhões de euros, a ITB Berlim é considerada uma das maiores feiras de viagens a nível mundial. A edição 2019 já arrancou e prolonga-se até 10 de março na Messe Berlin, na Alemanha. Num espaço com mais de 160 mil metros quadrados, são esperados mais de 10 mil expositores.

À Ambitur.pt, Ana Mendes Godinho frisou que o mercado alemão é o segundo mercado para Portugal em termos de dormidas” e o quarto “em termos de número de hóspedes e receitas”. A secretária de Estado do Turismo esteve em visita, esta quarta-feira, pelos stands nacionais instalados na ITB Berlim.

“Nós tivemos, em 2018, um crescimento de 5% dos passageiros desembarcados da Alemanha para Portugal e um “crescimento e 10% da receita do mercado alemão para Portugal” e, só em janeiro deste ano, o número de passageiros desembarcados da Alemanha para Portugal “cresceu 7%”, revela Ana Mendes Godinho, que considera estes números como um desafio que está a ser ultrapassado. “Estamos a conseguir crescer a um ritmo superior à receita face ao número de passageiros desembarcados”, apesar de “uma ligeira quebra no número de hóspedes e número de dormidas” na hotelaria.

Existem, no entanto, outros desafios e um deles é “alargar a comunicação de Portugal com destino turístico e na diversidade de regiões e produtos. O mercado alemão ainda se concentra muito nos destinos de sol e praia”, considera a secretária de Estado, salientando que o turista alemão tem “uma crescente apetência por descobrir” outras regiões “associadas ao turismo de natureza”, por exemplo. “Há aqui um grande desafio de conseguirmos atrair cada vez mais os alemães para descobrirem todo o país e para aumentarmos também o número de turistas alemães que viajam para Portugal”, assevera.

As empresas portuguesas que marcam presença nesta feira devem estar atentas e “descobrir as tendências”. Ana Mendes Godinho considera que é cada vez mais importante trabalhar o mercado alemão no sentido de “captar alguns nichos que são importantes para garantir a atividade turística sustentável durante todo o ano”, destacando-se “o setor dos eventos corporativos e congressos (MICE), o turismo natureza, o turismo cultura e também os estágios desportivos”. A secretária de Estado considera que é possível, nestas áreas, “captar públicos que, neste momento, ainda não têm Portugal no seu radar para fazerem este tipo de atividades mas que são importantes” para o país, conclui.