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Carros em Portugal são dos mais caros na Europa. Diferenças atingem 5 mil euros
Jornal Económico sapo


Os portugueses são dos que mais pagam pelos novos veículos na União Europeia. Segundo revela o “Jornal de Notícias” (JN) desta quarta-feira, entre os 20 carros mais vendidos no último ano em Portugal, nas categorias de motores de gasolina, gasóleo e elétricos, não houve nenhum modelo mais barato em relação aos países escolhidos em análise pelo “JN”: Portugal, Espanha, França e Alemanha.

A fiscalidadecom forte impacto na variante ambiental é uma das razões que leva os portugueses a estarem no fundo da União Europeia, no que diz respeito ao preço dos novos modelos, alguns deles a custarem mais de 40 mil euros.



Do mais pequeno utilitário ao mais luxuoso ou desportivo, os portugueses têm sempre de abrir mais os cordões à bolsa, do que a maioria dos cidadãos europeus. Uma das formas de taxar o automóvel é na cilindrada e as emissões de dióxido de carbono (CO2)), e a dupla tributação, com os cidadãos portugueses a pagarem o imposto sobre veículo (ISV) e ainda o IVA.

O carro mais vendido em 2018, o Renault Clio, custou mais 1.700 euros (na versão ZEN e motor TCe 90cv) a um cidadão português, do que na Alemanha e mais dois mil do que a um cidadão espanhol. Valores que se agravam ainda mais na versão a diesel, com as diferenças a chegarem aos cinco mil euros.

“Na União Europeia (UE) não há unanimidade fiscal. Até durante a presidência portuguesa da UE, em 200, nós colocámos a questão, mas nada foi feito, o que significa que os Estados tributam os carros como entendem”, refere ao “JN”, Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).