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Algarve foi a segunda região onde o emprego mais cresceu na União Europeia em 2017
JORNAL DE NEGÓCIOS


O Algarve viu o emprego aumentar 5,3% em 2017, registando a segunda maior subida entre as centenas de regiões que existem na União Europeia. A região partilha o segundo lugar com Malta e a região "Central Bohemia" da República Checa, ambas também com 5,3%. Os dadosforam divulgadosesta terça-feira, 26 de fevereiro, pelo Eurostat.

O maior crescimento do emprego em 2017 na União Europeia foi registado na região de "Mayotte" (+7,7%), em França. A seguir ao Algarve surge outra região portuguesa: a Área Metropolitana de Lisboa com um crescimento de 4,1%, que também figura nas regiões que mais emprego criaram em termos percentuais.
Em número de postos de trabalho, o Algarve registou uma subida de 200,9 mil em 2016 para 211,6 mil em 2017. Já no caso de Lisboa a subida foi de 1,35 milhões para 1,4 milhões de empregos.

Na União Europeia, em média, o emprego cresceu 1,6% em 2017. Em 253 regiões - que correspondem a 90% do total, ou seja, nove em cada 10 regiões viram o emprego aumentar - o emprego cresceu, tendo descido em 26 e estabilizado em duas.

A maior queda do emprego foi registado na região de "Basilicata" em Itália (-2,7%), seguindo-se "Cumbria" no Reino Unido (-2,4%) e a região central e do oeste da Lituânia(-2,1%).

PIB per capita regional varia entre 31% e 626% da média europeia
Expresso em paridades de poder compra (para retirar o efeito do custo de vida), o PIB per capita por região, face à media da União Europeia, em 2017, foi o mais baixo (31%) no noroeste da Bulgária e o mais elevado no centro oeste de Londres (626%), segundo os dados do Eurostat.

No topo, apesar de longe daquela região de Londres, está o Luxemburgo (253%), seguindo-se o sul da Irlanda (220%) e Hamburgo na Alemanha (202%). Na cauda da União Europeia neste indicador está, além do noroeste da Bulgária, "Mayotte" em França e o centro-sul da Bulgária onde o PIB per capita corresponde a 35% da média europeia.

Excetuando Berlim na Alemanha e Lázio (região onde fica Roma) em Itália, em todos os Estados-membros o PIB per capita mais elevado registou-se na capital. É o caso de Lisboa, a única região portuguesa a ficar em linha com a média europeia (100%). Todas as outras regiões estão abaixo, variando entre 65% (Norte) e 83% (Algarve).

O Eurostat nota que, em algumas regiões, o PIB per capita pode ser "significativamente influenciado" pelas viagens entre a habitação e o emprego. Quando há indivíduos de regiões circundantes a ir trabalhar para outra região, esta última vê a produção ser impulsionada para níveis que não poderiam ser alcançados com a população ativa residente. Consequentemente, a região da habitação sofre um efeito negativo.