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Drones sobre aeroporto de Gatwick obrigam a suspender voos. Polícia fala em “ato deliberado”
Observador


Os voos com partida e destino emGatwick, em Londres, continuam suspensos desde a última noite na sequência do avistamento de dois drones sobre o espaço do aeroporto. Apolícia de Sussex, que está a investigar o “ataque de drones”, considera que não se trata de uma ação terrorista, mas que é claramente um “ato deliberado de perturbação” que mantém o segundo aeroporto mais importante do Reino Unido fechado.

Os aparelhos, de origem ainda desconhecida, foram vistos pela primeira vez por volta das 21h de quarta-feira, levando os responsáveis do aeroporto a suspender e a desviar ligações por razões de segurança. A informação foi prontamente divulgada pelos responsáveis de Gatwick na sua conta oficial de Twitter.

Há informação de uma primeira e muito breve reabertura do tráfego aéreo entre as 9h da noite e as 3h da madrugada, mas devido a um novo avistamento na proximidade do aeroporto, decidiram retomar a suspensão dos voos a partir das 3h45 até que estejam asseguradas condições de segurança. Há ainda vários testemunhos a dar conta de um ou mais drones a sobrevoar o mesmo espaço. Fontes do próprio aeroporto dão conta de que seriam pelo menos sete aparelhos a invadir o espaço do aeroporto.

Já esta manhã, o aeroporto confirmou que todas ligações de e para Gatwick continuam suspensas até nova indicação e alerta para as perturbações que possam surgir em aeroportos vizinhos (sobretudo em Inglaterra e País de Gales) para onde têm estado a reencaminhar voos. Paris e Amesterdão são duas das cidades que também estão a receber voos desviados deste aeroporto britânico.

Localizado a 50 quilómetros a sul de Londres, o aeroporto de Gatwick é o segundo mais movimentado do Reino Unido. Devido à suspensão de atividade nas últimas horas, os responsáveis do aeroporto estimam que cerca de 200 voos foram impedidos de descolar, afetando perto de 10 mil passageiros, avançou ChrisWoodroofe, chefe de operações de Gatwick citado pela BBC.

O mesmo responsável adiantou que perto de 20 equipas de agentes, de duas forças policiais diferentes, se organizaram na busca dos drones avistados sobre o aeroporto e em zonas de acesso em redor — um avistamento que, conta Woodroofe, terá “perturbado fortemente os passageiros”, sendo essa uma das razões para que a polícia não tenha tentado disparar para anular os drones. Havia ainda o risco de balas perdidas, algo que as autoridades quiseram evitar. Os drones, recorde-se, estão proibidos de sobrevoar aeroportos e até um quilómetro de distância do seu perímetro.

(em atualização)