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DIRECÇÃO DO TURISMO DO PORTO E NORTE DEMITE-SE E CONVOCA ELEIÇÕES ANTECIPADAS
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Três dos cinco elementos que compõem a comissão executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal apresentaram esta quarta-feira, 5 de Dezembro, a demissão, na sequência da detenção e prisão preventiva do presidente da entidade, Melchior Moreira, que é suspeito de corrupção, o que vai levar a eleições antecipadas, a 18 de Janeiro.

De acordo com a Lusa, também o presidente da mesa da assembleia geral, Eduardo Vítor Rodrigues, que é igualmente o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, apresentou a demissão, pelo que também este órgão social do Turismo do Porto e Norte de Portugal vai a votos na mesma data.

“Fomos hoje [5 de Dezembro] informados de que três dos cinco elementos da comissão executiva apresentaram a demissão e fizeram-no hoje mesmo. Tenho que realçar e agradecer porque permitiu agilizar uma solução de maior compromisso, que vai no sentido de no dia 18 de Janeiro termos um acto eleitoral para a comissão executiva”, disse o responsável.

Eduardo Vítor Rodrigues revelou que os elementos da comissão executiva que se demitiram foram os presidentes das câmaras de Santa Maria da Feira e Vila Real, assim como o representante da AHRESP na comissão executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal, renuncias que provocam a queda da direcção da entidade regional de Turismo por falta de quórum e que levaram também à suspensão da votação do orçamento para 2019.

“Apresentei uma proposta para que fosse suspensa a votação por não fazer sentido que se votasse um plano para 2019 quando vai haver eleições. Deve ser a nova direcção a apresentar um orçamento no qual se reveja e não ser confrontada com um previamente aprovado”, disse o responsável, adiantando que a sugestão foi aprovada por unanimidade.

Recorde-se que o presidente da Comissão Executiva da TPNP, Melchior Moreira, foi detido em meados de Outubro e está actualmente em prisão preventiva no âmbito da Operação Éter, uma investigação em curso da Polícia Judiciária sobre uma alegada viciação de procedimentos de contratação pública que culminou com a indiciação de cinco arguidos.

Entre os restantes quatro arguidos, encontra-se Isabel Castro, directora operacional do TPNP, que ficou suspensa de funções e com proibição de contactos, e Gabriela Escobar, jurista na mesma entidade, que ficou sujeita a proibição de contactos, bem como dois empresários da região.

Na ausência de Melchior Moreira, a entidade regional de turismo estava a ser conduzida de forma interina pelo vice-presidente Jorge Magalhães, que não apresentou a demissão.