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Idealista
A Moody’s antecipa um crescimento moderado nos diferentes mercados europeus, mas realça os casos dePortugal, Holanda e Irlanda, que “deverão ser os que mais irão beneficiar com a valorização dos preços das casas nos próximos dois anos”, segundo escreve o Dinheiro Vivo. O mercado português é, de resto, aquele que apresenta a previsão de umataxa de crescimento mais elevada na Europa.
“Existem algumas áreas em que odesfasamento entre a procura e a ofertaestá a levar a uma forte apreciação do preço do imobiliário residencial e comercial”, explicou a agência de notação financeira à referida publicação, acrescentando que o regime fiscal especial para não residentes também “está aimpulsionar a procuraexterna por propriedades residenciais em Portugal.”
A agência notou ainda que “os preços das casas têm estado a aumentar desde meados de 2013” e aceleraram em 2017 “para níveis antes de 2008”.
Bolha imobiliária: sim ou não?
Os sinais de sobrevalorização dos preços das casas estão a preocupar algumas entidades, concretamente o Banco de Portugal (BdP),que em julho implementou novas medidas de restrição sobre o negócio do crédito, para evitar que a rapidez do crescimento do custo dos imóveis coloque outra vez em risco a estabilidade financeira do país, ou que as famílias voltem a enfrentar cenários de sobre endividamento.
No entanto, e ainda que as previsões da Moody’s indiquem uma contínua subida de preços nos próximos dois anos, o economista Filipe Garcia acredita não existirem, para já, razões para alarme.
Segundo o especialista, Portugal não está à beira de uma bolha imobiliária. “Não é evidente que estejamos propriamente numa situação de bolha imobiliária, sobretudo generalizada. Há uma alta de preços, que aceleraram a subida, mas não me parece que configure uma bolha, até comparando com outras cidades a nível internacional",explicou Filipe Garcia à revista Sábado.
Para Filipe Garcia os constantes alertas do BdP têm dois destinatários, “os bancos e os particulares". "Aos bancos, avisa-se para não se exporem em demasia ao risco, como no pré-troika, o que levou a muito malparado no imobiliário, sobretudo comercial e industrial. Quanto aos particulares, os avisos focam muito na capacidade de as famílias conseguirem honrar os compromissos caso se verifique uma subida dos juros ou uma perda de rendimento familiar", concluiu.