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Ministro da Economia francês: “Ghosn já não está em condições para dirigir” a Renault
Jornal de Negocios


O ministro da Economia francês, Bruno le Maire, pediu esta terça-feira a nomeação de uma liderança interina da empresa construtora de automóveis Renault na sequência da prisão do presidente do conselho de administração Carlos Ghosn no Japão.

Segundo um porta-voz da empresa, o conselho de administração da Renault vai reunir-se esta terça-feira, 20 de Novembro, mas a hora ainda não é conhecida.

Entretanto, o ministro da Economia disse em entrevista à FranceInfo que é "necessária uma presidência interina" e anunciou que vai estar presente no encontro de hoje e que deve reunir os administradores do Estado francês, que detém 15% do grupo.

"Carlos Ghosn já não está em condições para dirigir o grupo (Renault)", acrescentou Bruno le Maire.

Por outro lado, o ministro da Economia adiantou que não foram identificadas fraudes fiscais em França cometidas por Carlos Ghosn, responsável máximo pela administração da Renault-Nissan.

Ghosn, de 64 anos, foi detido na segunda-feira em Tóquio sob a acusação de vários crimes incluindo fraude fiscal.

"Não há nada de particular a apontar sobre a situação fiscal de Carlos Ghosn em França", disse le Maire na mesma entrevista.

De acordo com a imprensa japonesa, uma companhia holandesa associada à Nissan Motor gastou 15,5 milhões de euros em casas para Carlos Ghosn.

Segundo as notícias publicadas hoje em Tóquio, a empresa holandesa foi constituída em 2010 para a aquisição de vivendas particulares no Rio de Janeiro e em Beirute.

A cadeia de televisão pública NHK acrescenta numa outra notícia que foram adquiridas casas em Paris e Amesterdão, de forma irregular.