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Esqueça os carros voadores. Eis os aviões eléctricos da easyJet
Observador


Os veículos eléctricos ameaçam tomar conta dos transportes e, depois de conquistar os sistemas rodoviário e ferroviário – o marítimo não anda longe –, eis que entram naquele sector que prometia ser o mais difícil e complexo: o da aviação. Isto porque o CEO da easyJet, Johan Lundgren, anunciou que “os aviões eléctricos são uma realidade”, revelando ainda que a companhia pretende começar a testar, já em 2019, um aparelho de nove lugares.

O pontapé de saída para a possibilidade de voar num avião locomovido por motores eléctricos, em vez dos potentes, mas muito poluentes, turbo-reatores e turbo-hélices, foi dado pela empresa Wright Electric. Com nenhuma relação, além do nome, com os irmãos Wright (os inventores do primeiro avião), estastartupanunciou em Março de 2017 estar a construir um avião comercial eléctrico, com capacidade para 150 passageiros e visando concorrer com aparelhos convencionais similares ao Boeing 737.

O objectivo é ser uma alternativa em deslocações até 500 km, necessidade para a qual a Boeing e a Airbus fornecem 30% da produção e de que já venderam mais de 1.000 unidades de modelos que apresentam um custo de 90 milhões de dólares. O aparelho da Wright Electric será mais caro, mas promete custos de utilização muito inferiores, o que anima os operadores de linhas aéreas, especialmente oslow cost.

Poucos meses depois de ter desvendado o seu projecto, a Wright Electric criou uma parceria com a easyJet, com o intuito de conceber um avião de ensaios com nove lugares, para pôr à prova a tecnologia. Isto para não se repetir o que aconteceu em Junho, quando um avião eléctrico e mais pequeno da Siemens se incendiou, antes de se despenhar, matando os dois tripulantes, sensivelmente o mesmo destino do Pipistrel, um modelo de treino e também eléctrico.