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Turismo será das áreas mais afectadas pelo Brexit em Portugal
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O estudo, feito com o apoio da Ernst & Young – Augusto Mateus & Associados (EY-AM&A), destaca o impacto do brexit no turismo, dado o importante peso que o Reino Unido tem na emissão de fluxos turísticos para Portugal.

O documento, publicado na íntegra na webpage da CIP, recorda que “em 2016, passaram por Portugal cerca de dois milhões de hóspedes britânicos que despenderam mais de 9,5 milhões de noites. De facto, a larga maioria dos turistas europeus que chegaram a Portugal em 2016 eram ingleses, representando 21% dos hóspedes e 28% das dormidas em estabelecimentos hoteleiros, tendo crescido a um ritmo médio anual desde 2010 de cerca de 10%/ano em ambos os casos”.

Daí que, aponta o estudo, a quebra do poder de compra dos ingleses se apresente como “uma ameaça, dado o impacto na dinâmica turística nacional que tem beneficiado a economia portuguesa e que tem contribuído para que o turismo tenha vindo a assumir uma importância crescente, representando, em 2016, 7,1% do VAB total, com uma taxa de variação face ao ano anterior de 9,9%”.

Num estudo em que se assume que “os efeitos [do brexit] podem ser muito significativos, tendo em conta que o Reino Unido é o 4.º mercado de destino das exportações portuguesas de bens e o primeiro das exportações de serviços”, a Área Metropolitana de Lisboa, em conjunto com o Algarve e a Madeira surgem como sendo as regiões com “maior exposição ao risco” no que toca à área dos serviços, muito embora a Área Metropolitana do Porto e a Região de Coimbra surjam também sinalizadas. Já no que toca à área dos bens, os autores, segundo avança a agência Lusa, afirmam que as regiões que mais podem sofrer com a saída do Reino Unido da União Europeia são o Alto Minho e as zonas do Cávado, Ave e Tâmega e Sousa, seguindo- Trás-os-Montes, Área Metropolitana do Porto, Beiras e Serra da Estrela.

O estudo está disponível na webpage da CIP, em:http://cip.org.pt/wp-content/uploads/2018/10/BREXIT_Estudo_Digital.pdf