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Plataformas electrónicas de transporte ganharam com greve de taxistas
Jornal de Negocios


Em Portugal, existem quatro plataformas de transporte de passageiros: Uber, Cabify, Taxify e Chauffeur Privé, que iniciou a actividade dois dias antes do protesto dos taxistas.

Fonte oficial da Taxify referiu ao Negócios que se registou "uma ligeira subida entre 5% e 7% no número de pedidos na Taxify durante estes últimos dias". A empresa , que se estreou em Portugal em Janeiro deste ano, admite que "nos primeiros dias do protesto houve alguns motoristas que recusaram circular", mas a situação "voltou praticamente à normalidade nos dias seguintes".

Também a Cabify, presente em Lisboa desde Maio de 2016, assume ter beneficiado de um aumento da procura durante a greve dos taxistas. "Nestes últimos dias a Cabify registou um aumento de pedidos e de viagens, registando, claro, picos de procura nas horas de maior fluxo nas cidades, particularmente em Lisboa", disse fonte oficial da empresa.

Já a Uber, que chegou a Portugal em Julho de 2014, escusou-se a revelar qual o impacto nas suas operações da greve dos taxistas.

O director-geral da Chauffeur Privé em Portugal, Sérgio Pereira, considerou que o arranque das operações em Lisboa na véspera do protesto foi uma "coincidência". "Chegámos a discutir internamente se deveríamos adiar o lançamento, mas concluímos que isso não fazia sentido", acrescentou, em declarações ao Negócios. "Como começámos agora a operar, é impossível aferir se a greve dos taxistas teve algum impacto na adesão aos nossos serviços", concluiu.

Taxistas dizem ter perdido três milhões
Se as plataformas de transporte beneficiaram do protesto, o sector do táxi registou perdas com a paralisação. Em declaração ao jornal Eco, o presidente da ANTRAL – Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio de Almeida, avançou que o protesto acarretou uma perda de receitas na ordem dos três milhões de euros para o sector.

O responsável acrescentou que a greve terá tido um impacto negativo de 10 milhões de euros na economia nacional. Para chegar a este valor, o presidente da ANTRAL, referiu as perdas em termos de IVA, combustível não consumido, custos de policiamento e outros factores.