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PLATAFORMA CÍVICA E ASSOCIAÇÕES LOCAIS ESTÃO CONTRA AEROPORTO NO MONTIJO
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A plataforma cívica contra o novo aeroporto de Lisboa na Base Aérea n.º 6, no Montijo, e várias associações do Barreiro e Moita, no distrito de Setúbal, anunciaram quarta-feira, 19 de Setembro, que vão realizar uma marcha de protesto contra a infraestrutura.

“As organizações presentes decidiram convocar uma marcha de protesto contra a tentativa de ser construída uma infraestrutura aeroportuária na Base Aérea n.º 6 do Montijo, para a expansão do Aeroporto de Lisboa”, refere um comunicado enviado à Lusa.

Os representantes de várias instituições e associações dos concelhos do Barreiro e Moita, juntamente com a plataforma cívica contra o novo aeroporto na Base Aérea n.º 6 e a União de Sindicatos de Setúbal, decidiram avançar com a marcha de protesto, que foi marcada já para a próxima semana, decorrendo na manhã de 29 de Setembro.

O protesto vai partir de duas concentrações, uma que começa no Barreiro e outra em Alhos Vedros, no concelho da Moita, estando previsto que se encontrem a meio do percurso, na Baixa da Banheira.

A plataforma defende a utilização do Campo de Tiro de Alcochete em alternativa à Base Aérea n.º 6, no Montijo, para a construção do novo aeroporto, alegando que o Barreiro e a Moita vão ser afectados pela infraestrutura, que a construção no Montijo “não é uma opção pensada” e que “não há um documento que sustente a decisão”.

Carlos Matias Ramos, engenheiro e membro do movimento, explicou à Lusa que “os mitos constantes têm sido a base da fundamentação” por parte do Governo, defendendo que o aeroporto do Montijo não é uma opção mais barata, nem rápida, até porque “83% da zona de circulação tem de ser intervenccionada” e a pista 01 da base aérea “tem de ser prolongada em 300 metros”.

O responsável sublinhou ainda que o aeroporto do Montijo tem “um risco ambiental” ao ser “construído sobre lodo”.

José Encarnação, outro dos membros do grupo, levantou outra questão sobre as alegadas consequências da construção do novo aeroporto no Montijo.

“Não estão contabilizados quais os custos, não económicos e financeiros, mas também os sociais, de transferir cerca de 900 pessoas que trabalham na base aérea do Montijo. Toda a gente já percebeu que se o aeroporto for para ali não é compatível com as operações militares”, apontou.