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Aeroporto Humberto Delgado “ainda tem capacidade para crescer”
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A optimização do espaço disponível no ar e em terra através da aposta na melhoria do sistema de navegação aérea ou optimização das slots disponíveis ao longo do dia são algumas das soluções promovidas para melhorar e atenuar o actual constrangimento doAeroporto Humberto Delgado. Pedro Marques,ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, considera que estas são algumas das formas como se pode responder à “decisão histórica errada de adiar a construção do aeroporto”.
Segundo o responsável, que falava à margem da apresentação do primeiro A330neo da TAP, o Governo está “a fazer tudo o que podemos”. “Temos estado a trabalhar para preencher completamente as slots temporais que já estão disponíveis em termos legais e ainda temos algumas disponíveis embora de modo limitado”, explica, acrescentando que a aposta tem recaído sobre a eficiência dasslots disponíveis a cada hora, mas também “mais coordenação com a Força Aérea e com as outras infra-estruturas aeroportuárias existentes na região”.
Pedro Marques defende que o Governo tem estado a fazer “tudo para optimizar ao máximo a utilização do [Aeroporto] Humberto Delgado que ainda tem capacidade para crescer, mas é uma capacidade que também precisa de mais investimento, que aliás vai acontecer também neste aeroporto no âmbito da revisão do plano estratégico”.
Questionado acercada possibilidade da redução do horário nocturno, aumentando assim o período disponível para aterragens e descolagens na infra-estrutura, o executivo destacou que essa não é uma opção que esteja em cima da mesa.

Aeroporto Complementar do Montijo
Quanto ao aeroporto complementar do Montijo, o ministro do Planeamento e das Infra-Estruturas diz que o Estado encontra-seem negociações com a concessionária dos aeroportos, a Vinci, que espera que se concluam ainda este ano.No entanto, Pedro Marques aponta dois pontos essenciais nesta discussão: a urgência do novo aeroporto e o facto da privatização da ANA – Aeroporto de Portugal não ter assegurado a construção de uma nova infra-estrutura ou uma infra-estrutura aeroportuária complementar por parte da concessionária. “Isto está muito atrasado, no sentido de que há décadas que se anda a discutirem Portugal a questão do novo aeroporto. (…) Hoje percebemos que este aeroporto está a chegar aos seus limites, e portanto começámos muito atrasados este processo e temos de andar muito depressa e tem de ser uma solução urgente e ao mesmo tempo sustentável que permita um crescimento significativo do transporte de passageiros”. O responsável prevê uma construção rápida em três anos que permita um aumento no número de passageiros. Pedro Marques admite que as negociações são “difíceis”, porque, “não foi cuidado no processo de privatização de ficar logo assegurada a construção do aeroporto”. Segundo o ministro, a empresa que comprou a posição de concessionária “ficou apenas com o direito de apresentar ao Estado uma proposta para a construção de um aeroporto complementar ou para um novo aeroporto e não com a obrigação de construir esse aeroporto”. Assim, “essa negociação agora é feita de uma posição mais difícil por parte do Estado, mas estamos a fazer tudo para assegurar plenamente o interesse público, para garantir que rapidamente temos uma nova infra-estrutura aeroportuária na região de Lisboa.”