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PS à beira da maioria absoluta, PSD sobe
Expresso - Semanário


As notícias são boas para os dois lados: com Rui Rio à frente do PSD, os sociais-democratas registam a maior subida em termos de intenções de voto de toda a legislatura, ao mesmo tempo que o PS continua a caminhar para a maioria absoluta. Embora se mantenha bem longe do PS, o PSD de Rui Rio sobe 1,5 pontos percentuais, algo que não se verificava desde 2015, e conquista a preferência de 28,4% dos eleitores, segundo indicam os resultados do barómetro da Eurosondagem de março para o Expresso e a SIC.


A subida do PSD acontece um mês depois do congresso laranja em que Rio foi entronizado líder do partido, um mês recheado de casos do lado dos sociais-democratas. A escolha de Elina Fraga para a direção do partido, a polémica do currículo de Feliciano Barreiras Duarte e as convulsões na bancada do PSD, que elegeu Fernando Negrão como líder com mais votos brancos e nulos do que favoráveis, não parecem ter prejudicado o partido.

PS soma quase mais percentagem do que todos os seus adversários juntos

Embora o pico seja novidade para o PSD, isto não significa que o cenário esteja a ficar mais negro para o PS. Pelo contrário, está cada vez mais perto da maioria absoluta. Sem descer do patamar dos 40% há meses, o PS reúne agora 41,5% das preferências dos eleitores e quase soma mais percentagem do que todos os seus adversários juntos. A reforçar esta tendência, também a popularidade de António Costa sobe — caso único entre os líderes partidários — e a vasta maioria dos portugueses (70,9%) acredita mesmo que Costa será um melhor primeiro-ministro, sendo que 16,7% depositam as esperanças no ex-autarca do Porto.



Apesar de não haver dados que sirvam de comparação, uma vez que só se tornou líder do PSD em janeiro, Rui Rio posiciona-se como o mais popular dos líderes partidários depois de Costa (com 10,3% de aprovação) e é seguido por Assunção Cristas, que desce mas continua a ter uns 7,9% mais favoráveis do que os 3,6% de Jerónimo de Sousa e os 1,4% de Catarina Martins. Quando o assunto são votos e não apenas popularidade, a história é diferente: só a CDU consegue subir nas intenções de voto, o que significa também que se instala a menos de meio ponto de distância do Bloco de Esquerda. Para trás fica o CDS, que neste barómetro, com 6,6% das intenções de voto, é a quinta força.

Portugueses querem mais pactos de regime

O bloco central é a ideia que mais divide os portugueses (44,4% mostram-se a favor da aliança PSD/PS, e 45% são contra). Mas os resultados deste estudo indicam que, para a maioria dos portugueses (59,4%), os pactos devem ir mais longe. A prioridade é clara: dos que acreditam que PSD e PS se deveriam entender noutras áreas, 41,3% consideram que se deveria seguir um pacto para a Saúde. Depois vem a Justiça (18%); a Segurança Social (16,7%) e a Educação (11,5%).