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PCP e PS chocam nas leis laborais
Expresso - Semanário


O próximo embate entre PS e PCP já tem dia e hora marcados: quarta-feira, às 15 horas. Por iniciativa dos comunistas, o plenário vai analisar uma proposta que põe fim à caducidade automática dos contratos coletivos de trabalho e vários outros projetos para regular os horários laborais. Mas os socialistas não alinham e o ‘chumbo’ é o destino mais provável desta iniciativa comunista.

“São a coluna vertebral do código de trabalho”, diz Rita Rato. A bancada do PCP já se desdobrou em reuniões com o Governo, mas ainda não há qualquer sinal de um acordo para duas “questões de princípio para os comunistas”: a contratação coletiva e a regulação dos horários de trabalho. “É aqui que se marca a diferença entre a esquerda e a direita”, diz a deputada comunista.

O PCP tem feito questão de forçar a reversão destas normas, inseridas na legislação laboral em pleno período da troika, e está a fazer disto uma questão de ou vai ou racha: o PS “tem de decidir de que lado quer estar” e se “cede aos assédios do PSD”, disse um dirigente. Jerónimo de Sousa não se tem cansado de repetir avisos ao primeiro-ministro de que, em matéria laboral, os avanços conseguidos pela aliança de esquerda “ficam a meio caminho”. Mesmo assim, nem Vieira da Silva nem António Costa deram qualquer sinal de irem ao encontro das pretensões comunistas.