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SIVA: "Se a Volkswagen vir que não consegue produzir na Autoeuropa vai para outro lado qualquer"
Jornal de Negócios


A empresa que vende a marca Volkswagen defende que o agudizar do conflito laboral na Autoeuropa não vai afectar as entregas do novo modelo aos clientes portugueses.

"Não acredito [que as entregas sejam afectadas]. Mas acredito que se a própria marca vir que não vai conseguir produzir mais de 200 mil carros na Autoeuropa arranjará maneira de os produzir noutro lado qualquer", disse o administrador da SIVA, Pedro de Almeida, esta sexta-feira, 5 de Janeiro.

"Acho que isso não vai acontecer [deslocalização da produção]. Mas éum absurdo esta discussão num país que cresce 1%-2%, e numa fábrica que pesa mais de 1% do PIB e com mais de 4 mil postos de trabalho. Há pessoas que têm de trabalhar ao sábado, é chato, mas não entendo como não se chega a um entendimento. Acho que há aqui um braço-de-ferro absurdo, na minha opinião", afirmou o responsável da empresa que vende Volkswagen, Audi e Skoda.

"Não estou a dizer quem tem ou não tem razão. Acho que é uma derrota para os portugueses", disse Pedro de Almeida num encontro com jornalistas para fazer a apresentação dos resultados anuais da SIVA.

Recorde-se que as negociações entre a comissão de trabalhadores e a administração da Autoeuropa vão ser retomadas na próxima terça-feira, 9 de Janeiro, depois dos trabalhadores da fábrica da Volkswagen em Palmela terem chumbado o segundo pré-acordo laboral sobre a compensação e descanso relativamente ao trabalho ao fim-de-semana.

A Autoeuropa vai começar a produzir aos fins-de-semana a partir do final de Janeiro de forma a conseguir cumprir com a sua meta de produção de 240 mil automóveis em 2014.