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Dois mortos num ataque na Finlândia
Jornal Expresso


Ainda o mundo estava em choque e procurava digerir o atentado nas Ramblas de Barcelona (págs. 4 e 5) e outra cidade europeia era visada pela violência. Ontem à tarde, no centro de Turku (sudoeste da Finlândia), um homem munido de uma faca atacou oito pessoas, matando duas e ferindo seis.

O ataque aconteceu na Praça Puutori, uma zona comercial da cidade. Segundo a polícia, o alarme soou às 16h02 locais (mais duas horas do que em Portugal Continental) e, três minutos depois, o atacante estava neutralizado. Baleado numa perna pela polícia, foi detido e levado para esquadra.

As autoridades reagiram com cautela e não estabeleceram uma relação entre este caso e o terrorismo internacional, limitando-se a apelar aos habitantes que evitassem o centro da cidade.

Por todo o país houve reforço da segurança, especialmente no aeroporto internacional de Helsínquia e nas estações de caminhos de ferro. “Nos próximos dias, vai haver um aumento de carros de patrulha da polícia”, assegurou Seppo Kolehmainen, comissário nacional da polícia. “Os agentes estão a dar o seu melhor para impedir ataques deste género.”

A Finlândia não tem sido um alvo prioritário do terrorismo. Mas há cinco anos, precisamente em Turku, o então primeiro-ministro Jyrki Katainen escapou a um ataque à faca, durante a campanha para as eleições autárquicas. O atacante tinha problemas mentais.

Marcelo solidário com vítimas portuguesas

Presidente assume que haver cidadãos nacionais entre as vítimas “acrescenta dor à dor”

O Presidente da República convocou ontem os jornalistas, ao início da noite, para endereçar uma palavra pública de conforto e solidariedade para com a família que perdeu uma avó com 74 anos — e, à hora de fecho desta edição, ainda procurava a neta de 20 — no atentado de quinta-feira em Barcelona. “Haver vítimas portuguesas do terrorismo em Barcelona acrescenta mais dor à nossa dor”, afirmou Marcelo, adiantando que esteve em contacto telefónico durante a tarde de ontem com um dos membros da família. O Presidente da República informou que também fez um telefonema para o seu homólogo finlandês, na sequência do ataque que provocou dois mortos em Turku, e, embora afirmando que “há aqui um problema mundial que exige uma resposta global”, não quis alongar-se sobre o tema, reiterando que a sua comunicação se destinava à família enlutada. Marcelo falou igualmente durante o dia com o Rei Felipe VI de Espanha, para lhe renovar a “solidariedade amiga” (que já na véspera lhe endereçara por SMS) e transmitir o “mais fundo repúdio do povo português ao bárbaro ataque de ontem” na capital catalã.