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Bloco e comunistas querem acabar com corte de 10% no subsídio de desemprego ao fim de seis e incluir a medida já no Orçamento para 2018. PS alega que é preciso avaliar impacto financeiro.
Apesar do chumbo, é quase certo que a proposta vai regressar à mesa das negociações do orçamento para 2018 já a partir da próxima semana. O PS, adianta a mesma notícia, estará disponível a discutir a medida, mas o argumento dos custos financeiros pode ser um entrave a um eventual entendimento nesta matéria.
Pelo lado do Bloco e dos comunistas, o argumento que poderá jogar a seu favor nesta discussão é a redução do número de desempregados, tendência que se tem mantido ao longo de 2017 – uma redução que, defendem, valeu à Segurança Social uma poupança na ordem dos 251 milhões de euros em subsídios de desemprego, margem essa que poderia ser usada para evitar que os desempregados recebam menos 10% de subsídio ao fim dos primeiros seis meses.
O corte que ainda vigora foi aplicado em 2012 pelo governo PSD-CDS, como uma forma de “incentivar a procura ativa de emprego por parte dos beneficiários” – daí a redução de 10% no valor do subsídio ao fim de 180 dias depois do pagamento do primeiro subsídio. No passado mês de abril, o atual Governo aprovou uma norma-travão, que entrou em vigor a 1 de junho, com o objetivo de impedir que, uma vez aplicado o corte, o valor do subsídio fique abaixo do indexante de apoios sociais (atualmente em 421,32 euros).