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Estado pode ter de colocar €270 milhões na TAP
Expresso


O Estado ficou responsável por colocar €270 milhões na TAP se a empresa não conseguir cumprir o pagamento de empréstimos. Ou seja, a responsabilidade do Estado — através da Parpública — como acionista detentor de 50% da TAP está quantificada em €270 milhões se a companhia aérea não conseguir cumprir as prestações relativas aos empréstimos concedidos pelos bancos. Da parte do consórcio Atlantic Gateway — que integra os empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman —, que detém 45% da TAP, a responsabilidade por prestações acessórias em caso de incumprimento da empresa será €243 milhões. O ministro do Planeamento, Pedro Marques, explica que esta possibilidade resulta de o Estado ser o maior acionista da TAP com 50%. Adiantou que estes valores não entrarão na TAP como um aumento de capital, tratando-se de futuras resaponsabilidades solidárias para suprir eventuais incumprimentos. Pedro Marques considera que esta situação é melhor do que a do anterior Governo, que “assinou uma carta de conforto que determinava que se a TAP em algum momento falhasse um financiamento o Estado seria obrigado a recomprar a empresa nas condições em que ela se encontrasse”, adiantando que essa “carta conforto” foi afastada do futuro da TAP.

Altice também quer ser um banco

A Altice, dona da MEO, esteve esta semana na berlinda. Depois de ter sido acusada por António Costa de “desmembrar a PT Portugal”, o grupo liderado por Patrick Drahi, voltou a ser notícia na quinta-feira nos media internacionais ao anunciar a intenção de entrar na actividade bancária nos países onde está presente, incluindo Portugal. Para o efeito, já pediu autorização ao Banco Central Europeu para atuar na banca online no final de 2018 ou início de 2019 e registou a marca Alticebank. Um dos objetivos é fidelizar clientes de telecomunicações. Em Portugal, a empresa já tinha lançado o cartão bancário virtual MEO Wallet. Ontem, a empresa voltou a estar sob holofotes porque confirmou a compra da TVI.

2,1%

DÉFICE DO 1º TRIMESTRE DÁ “INDICAÇÃO POSITIVA”

O défice público diminuiu €490 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, fixando-se em €966 milhões de euros, ou seja, 2,1% do PIB, lembra o Conselho das Finanças Públicas (CFP) numa análise aos dados do INE. “O aumento da receita, em particular dos impostos indiretos e contribuições sociais, foi fundamental”, destaca. E lembra que “no passado recente o défice no primeiro trimestre tem vindo a revelar-se superior ao registado nos restantes trimestres do ano“. “O resultado obtido pode, assim, ser considerado como uma indicação positiva para o cumprimento das metas fixadas pelo governo” (1,6% do PIB no OE-2017 e 1,5% no Programa de Estabilidade 2017-2021).

Preço dos seguros de acidentes de trabalho deve subir

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) afirmou esta semana que presistem desequílibrios técnicos (entre prémios e sinistros) nas companhias que vendem seguros para acidentes de trabalho. Ou seja, os preços têm de aumentar para evitar problemas nas seguradoras. José Almaça disse mesmo que há alguns anos a ASF detetou que 13, das 17 companhias que fazem seguros de acidentes de trabalho estavam em “desequilíbrio técnico” e tiveram de corrigir esta situação. Nos últimos 5 anos, o ramo acidentes de trabalho teve prejuízos de €530 milhões, o que “não é sustentável e não pode continuar”, afirmou Almaça. O regulador adiantou que também no ramo automóvel existe um desequilibrio entre o valor dos prémios e dos sinistros e que têm sido feitas recomendações às empresas para os colmatar. Para isso, a ASF chamou mesmo os gestores dessas companhias.

Novo crédito à habitação em máximos de 2010

O crédito à habitação concedido pela banca atingiu €728 milhões em maio, o valor mais elevado desde dezembro de 2010, revelam os dados do Banco de Portugal. De janeiro a maio, os bancos emprestaram €3067 milhões para a compra de casa, mais 45,2% do que no mesmo período do ano passado. Contudo, a carteira de crédito dos bancos, tanto às famílias (para habitação) como às empresas, continuou a encolher em maio. As taxas de variação anual foram de -2,6% e de -2,5%, respetivamente (-2,6% e -2,1% em abril). Os empréstimos que vencem continuam a ser superiores ao novo crédito.

A REVISTA AMERICANA “FORBES” ELEGEU A PORTUGUESA TALKDESK COMO UMA DAS 100 MELHORES EMPRESAS DO MUNDO NA NUVEM (DISPONÍVEL VIA INTERNET). DA LISTA “FORBES 2017 CLOUD 100” FAZEM PARTE TECNOLÓGICAS COMO A DROPBOX, QUALTRICS, MAILCHIMP E EVERNOTE. LIDERADA POR TIAGO PAIVA, A TALKDESK É ESPECIALISTA EM SOFTWARE PARA CENTROS DE CONTACTO TELEFÓNICO NA NUVEM.

Vindimas no Douro podem trazer um aumento de produção até 288 mil pipas de vinho

A Região Demarcada do Douro pode produzir 266 mil a 288 mil pipas de vinho na próxima vindima, o que representa um aumento de mais de 26% 
em relação a 2016 e fica 13% a 22% acima da média desta década. Apesar do otimismo dos números, a Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) admite que a sua previsão pode ainda ser afetada pelas condições climáticas. Um dos fatores de risco é “o impacto do stresse hídrico quer na evolução do tamanho do bago quer posteriormente no rendimento industrial da transformação”, diz a ADVID.

51%

LOJAS FRANCAS DA TAP VENDIDAS À VINCI

Os franceses da Vinci Airports, que têm a concessão da ANA, gestora dos aeroportos portugueses, acordaram a compra à TAP GER (subsidiária da TAP) de 51% do capital das Lojas Francas de Portugal (LFP). A LFP teve receitas de €200 milhões em 2016 e opera 31 outlets em sete dos dez aeroportos portugueses geridos pela Vinci, tendo lojas duty-free de produtos variados (dos perfumes, às bebidas alcoólicas) e de moda, operadas sob a marca Attitude. O capital restante da LFP é detido pelo Dufry Group. Para a Vinci, a compra de 51% da LFP reforça a sua área de retalho nos aeroportos, que representa 25% das receitas da empresa, que gere uma rede de 35 aeroportos, dispersos por diversas geografias a nível mundial. O valor do negócio não foi divulgado.

Portugal paga 3,977% por dívida a 28 anos

Portugal voltou aos mercados esta semana colocando Obrigações do Tesouro (OT) de longo prazo. Foram €1000 milhões, o valor máximo indicativo, repartidos entre dívida a 10 anos (€685 milhões) e a 28 anos (€315 milhões). Segundo a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), a taxa de juro na emissão a 10 anos atingiu 3,085%, acima do registado a 14 de junho, quando foram colocados €625 milhões, a uma taxa de 2,851%. A procura foi 1,5 vezes superior ao montante colocado. Já na emissão a 28 anos, Portugal vai pagar uma taxa de juro de 3,977%, inferior à do último leilão comparável (4,1%), quando Portugal emitiu dívida a 30 anos, em 2015. A procura foi 2,2 vezes superior ao valor colocado.

Os últimos 17 anos da história da Caixa

No livro “Caixa Negra”, o jornalista Diogo Cavaleiro (“Jornal de Negócios”) ajuda a perceber porque foi preciso injetar €8 mil milhões no banco público. Da narrativa fazem parte o aproveitamento político da Caixa, a concessão de créditos problemáticos e sem garantias, a venda de posições em empresas como a Cimpor, e também investimentos ruinosos, como a investida do banco em Espanha.

E ainda...

SATA quer crescer 21% no Canadá até final do ano A SATA pretende crescer 21% este ano na procura no mercado canadiano, face a 2016, e transportar cerca de 128 mil passageiros entre o Canadá e Portugal.

Angolana Sonangol perdeu mais de €365 milhões no Millennium BCP O investimento da Sonangol no banco português Millennium BCP, em que detém uma posição de 14,87 por cento do capital social, é considerado estratégico, mas já representa uma perda potencial de €365,7 milhões de euros, de acordo com a petrolífera angolana.

EDP poupa €174 ME até 2026 com reavaliação de ativos A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a adesão da EDP ao regime facultativo de reavaliação de ativos criado pelo Governo em 2016 gere um benefício fiscal acumulado de €174 milhões para a elétrica até 2026.

Equipa do “Shark Tank” apoia novas empresas de Turismo A equipa do programa de televisão “Shark Tank” vai coordenar o FabTur Cidadão — Rumo ao Turismo 4.0, projeto de apoio à criação e desenvolvimento de empresas nas áreas do Turismo. O vencedor do FabTur Cidadão — Rumo ao Turismo 4.0 irá receber um prémio de €15 mil.

Central de biomassa em Viseu vai custar €52 milhões A nova central de biomassa,a instalar no concelho de Viseu até 2019, representa um investimento global de €52 milhões de euros e vai criar até 300 postos de trabalho, 25 a 30 deles diretos.

Contratos swap do Santander Totta com juros acima de 100% O secretário de Estado das Finanças disse esta semana que há três contratos de swap feitos entre empresas públicas e o Santander Totta, que o Estado acordou cumprir, com juros acima de 100%.

Inflação desacelera para os 0,9% em junho O Índice de Preços no Consumidor (IPC) passou de 1,5% em maio para 0,9% em junho, “refletindo sobretudo a desaceleração dos preços da classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, de acordo com o INE.

Portugal com maior queda mensal da UE na produção industrial A produção industrial aumentou em maio na zona euro e na União Europeia (UE), quer em termos homólogos quer face a abril, tendo Portugal liderado as quebras mensais, segundo o Eurostat.

Produção da EDP Renováveis aumenta 9% A produção de energia da EDP Renováveis aumentou 9% no primeiro semestre deste ano, tendo a subsidiária da EDP produzido 14,5 Terawatt-hora (TWh) de eletricidade renovável entre janeiro e junho.

Retificação

Por lapso, no artigo “Nova vaga de investimentos puxa pelos têxteis técnicos”, publicado na edição de 17 de junho, António Teixeira, diretor de vendas da Penteadora, foi erradamente identificado como administrador da empresa. As nossas desculpas ao visado e aos leitores.

Em Off

A maratona das rubricas

Não é novidade que a justiça portuguesa tem fama de ser mais complexa do que a anglo-saxónica. Por vezes chega a ter rituais e procedimentos napoleónicos, desfasados no mundo atual em que imperam as novas tecnologias. Que o diga Nuno Sebastião, presidente-executivo da Feedzai. O fundador desta tecnológica portuguesa, que vende software de deteção de fraude para alguns dos maiores bancos mundiais, assinou recentemente um contrato com um investidor americano. Mas não conseguiu evitar a fastidiosa tarefa de colocar a sua rubrica no canto superior esquerdo de cada uma das 600 páginas do extenso documento. Uma obrigação que não foi fácil de explicar ao representante do investidor, habituado a contratos em que as assinaturas já são digitais. Da mesma forma, Nuno Sebastião sentiu dificuldade em explicar a razão pela qual era preciso pagar o imposto de selo. Stamp tax? O Fisco português é muito imaginativo, deve ter pensado o investidor americano.

Lapso regulatório

Cristina Portugal, a nova presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), foi na quinta-feira ao Parlamento apresentar o plano de atividades do regulador e responder às dúvidas dos deputados. Questionada pelo Bloco de Esquerda sobre os níveis de remuneração das empresas reguladas de energia, lá respondeu que... “a remuneração dos ativos é fixada pela EDP”... Mas numa fração de segundo corrigiu e garantiu não se tratar de um ato falhado. “A remuneração é fixada pela ERSE!”, assegurou, entre risos e a promessa de que o regulador permanece vigilante sobre as empresas do sector. E se quem o diz é a EDP, perdão, a ERSE, Em Off não duvida!