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Clientes vão poder abrir conta no banco através de canais digitais
Jornal de Negócios


O Banco de Portugal anunciou, esta segunda-feira, que os clientes bancários vão poder abrir contas através de canais digitais, ou seja online e mobile. Para isso, vão poder aprovar os seus elementos de identificação através de video-conferência.

Para que isso seja possível, foi aprovada uma alteração ao aviso n.o 5/2013, relativo aos deveres preventivos do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, para permitir às instituições com sede ou sucursal em Portugal proceder à abertura de contas exclusivamente através de canais digitais.

A alteração refere-se à utilização da video-conferência para permitir a comprovação dos elementos de identificação dos clientes. Esta foi a opção escolhida pelo regulador em linha com as práticas seguidas internacionalmente.

Esta alteração deverá ser publicada em Diário da República no início de Julho, entrando em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Depois disso, os bancos que assim o entenderem poderão fazer os ajustes tecnológicos necessários para lhes permitir dar aos clientes esta facilidade.

"Esta iniciativa do Banco de Portugal reflecte a crescente digitalização dos produtos e dos serviços bancários, as novas expectativas e necessidades dos clientes bancários e a importância de assegurar condições de equidade entre as instituições de crédito sediadas em Portugal e as sediadas noutros países da União Europeia", refere o comunicado publicado pelo Banco de Portugal.

Esta facilidade já estava disponível em alguns bancos presentes em Portugal, mas não era possível às instituições com sede no nosso país.

A conta bancária é o principal meio de relação entre o cliente e o banco e é a partir dela que podem ser acessíveis outro tipo de serviços. Depois deste passo rumo à digitalização da conta bancária, outros serviços bancários poderão no futuro ser alvo de alterações que permitam aos clientes subscrevê-los exclusivamente através de canais digitais.

"O Banco de Portugal avalia, em permanência, as soluções tecnologicamente inovadoras que surjam no mercado, podendo, no futuro, vir a ser regulados outros procedimentos de comprovação alternativos que se demonstre conferirem idêntico grau de segurança", acrescenta o Banco de Portugal.